O Centro Municipal de Educação Infantil em Tempo Integral (Cmei TI) Álvaro Fernandes Lima, no bairro Bela Vista, viveu um momento especial e cheio de significado com as crianças do grupo 6A, da professora Natália Nolasco e da assistente de educação infantil Dirlaine Iglesias.
A ação realizada com as crianças integra o projeto institucional da escola "Griôs: Histórias, Saberes e Memórias", que valoriza a cultura afro-brasileira e fortalece o vínculo da comunidade com a Educação Infantil.
A atividade foi inspirada no livro Princesas Negras, de Ariane Celestino Meirelles, e surgiu a partir de uma pesquisa com as famílias para identificar quem são as "princesas negras" presentes na vida das crianças. Dessa iniciativa nasceu a ideia de convidar uma mulher negra e griô para contar histórias na escola.
A convidada foi Waldimaria Cardozo, avó da estudante Maria Luiza. Professora aposentada e estudiosa das questões étnico-raciais, ela também dá vida à personagem Vovó Afra, que encantou as crianças com narrativas repletas de memória e ensinamento. Com vestimenta afro como Vovó Afra, Waldimaria trouxe para a sala a beleza da tradição oral africana.
Para receber a contadora de histórias, foi preparado um cenário especial, com literatura infantil afro-brasileira e elementos da cultura africana. O espaço envolveu as crianças em um ambiente de acolhimento, identidade e ancestralidade.
"Fiquei encantada com o projeto que o Cmei está desenvolvendo. Todos os espaços estavam decorados com referências africanas e fotos de mulheres negras importantes da história brasileira. Esse trabalho é essencial para que as crianças conheçam suas origens e se sintam orgulhosas da sua ancestralidade", disse Waldimaria.
As crianças também aprovaram a experiência. A pequena Laís Almeida comentou: "Eu amei que a vovó contou historinhas. A que mais gostei foi 'Festa no Céu'. Quero muito que ela volte para contar outras." Já Eloá Ricardo destacou: "Ela veio caracterizada. O jeito dela contar a história eu adorei."
"A atividade mostrou que a escola promove não só o aprendizado, mas também o fortalecimento da identidade das crianças. Um verdadeiro exemplo de como a educação pode ser viva, afetiva e transformadora", destacou a diretora do Cmei, Rislany Dias.