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Assistidos fazem oficinas de doces práticos no Centro-Pop
Publicada em 18/11/2019, às 15h18 | Atualizada em 18/11/2019, às 17h07
Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi
Dedicação, amor e respeito. Com esses ingredientes, os usuários do Centro de Referência para a População em Situação de Rua (Centro-Pop) fazem oficina de doces e ganham uma chance de ganhar uma renda extra neste final de ano.
Numa parceria com a Inclusão Produtiva, da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), eles estão apreendendo várias receitas caseiras de doces e descobrindo uma nova forma de ter um retorno financeiro.
"Eu vejo uma nova perspectiva para o meu futuro. Pretendo ter minha casa. Com os doces, também posso agregar nas minhas vendas e gerar, assim, uma nova renda", disse Marita Ramalhete, de 44 anos.
"Para mim isso significa expandir os meus conhecimentos. Sempre trabalhei com culinária, é o que sei fazer e amo trabalhar com isso", comentou Juvenildo Ribeiro, 34.
Renda
"A oficina de doces práticos tem como princípio gerar uma renda para eles, pois a maioria se encontra como pessoa em situação de rua e isso pode gerar uma estabilidade financeira. São doces do dia a dia, como brigadeiro, cajuzinho e bombons. São fáceis de fazer e vender em qualquer época do ano e qualquer lugar, seja na praia, no terminal ou ponto de ônibus e qualquer festividade. Precisamos adoçar a nossa vida", disse o instrutor Jackson Honorato Simões, do Instituto Gourmet de Cariacica e Serra.
Oportunidade
"Tivemos algumas oficinas este ano mundo do trabalho,como se comportar durante entrevista de emprego, empreendedorismo e mapa de oportunidades. Depois, os assistidos solicitaram fazer alguma oficina aqui no Centro-Pop na área de gastronomia", explicou a assessora técnica da Inclusão Produtiva Márcia Muricy Santiago, responsável pelas oficinas de iniciação profissional.
Autonomia
"A importância da oficina de iniciação profissional para as pessoas em situação de rua é pensar novos caminhos e autonomia na perspectiva da geração de renda. Não temos autonomia se não tivermos renda. A Inclusão Produtiva é uma das estratégias da Semas para essa busca pela autonomia, seja ela individual ou coletiva", comentou o coordenador de Inclusão Produtiva, Adriano de Jesus Almeida.
Superar
"Acreditamos que qualquer oferta de atividade ou oficina que possa despertar neles uma possibilidade de renda e interatividade é bem-vinda. A parceria do Centro-Pop com a Inclusão Produtiva tende a somar com a nossa ideia que o usuário precisa se ver pertencente, ter possibilidades de gerar uma renda e de superar a situação de rua por meio do seu trabalho, seja ele informal em um primeiro momento", ponderou o coordenador do Centro-Pop, Mauro Mota.