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A força da atuação marca "Na Solidão dos Campos de Algodão", na Estação Porto

Publicada em 19/10/2010, às 18h00

Por Vitor Lopes, com edição de Edlamara Conti


Thalles Waichert
VI Festival Nacional Cidade de Vitória deTeatro - Peça Na Solidão dos Campos de Algodão (RJ
O cenário, com caixotes, britas e cinco gigantescas gangorras, deslocou o sentido do público para um novo universo

Já se haviam passado alguns minutos de peça quando o microfone do ator Gustavo Vaz começou a falhar, justamente no momento em que iniciaria sua participação em “Na Solidão dos Campos de Algodão”. 

O que poderia ter se tornado um constrangimento foi imediatamente revertido naquilo que de primordial existe na arte teatral: a interpretação.

O público teve uma experiência única na apresentação de “Na Solidão dos Campos de Algodão”, no Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória, na segunda-feira (18).

A peça será novamente apresentada neste terça-feira, às 21 h, na Estação Porto.

Antes mesmo de os atores entrarem no palco, o cenário deslocou o sentido do público para um novo universo. A Estação Porto, no Centro de Vitória, estava tomada por caixotes de madeira, britas e cinco gigantescas gangorras.

Com esse cenário também tomado por uma grossa nuvem de fumaça, os atores Armando Babaioff e Gustavo Vaz encenaram com todo vigor a história de um comerciante e um cliente que duelam em diálogos existenciais.

Tal sintonia entre os dois atores e o diretor Caco Ciocler ficou ainda mais intensa com a falha do equipamento de som, que fez com que Armando e Gustavo intensificassem ainda mais suas interpretações, conferindo vigor ao texto de Bernard Marie-Koltès.

Ao final da peça, o ator capixaba Markus Konká e o secretário de Cultura de Vitória, Alcione Pinheiro, entregaram ao diretor Caco Ciocler o troféu réplica do Theatro Carlos Gomes, em homenagem ao trabalho do grupo.


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