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Viagem a 1551 para entender por que Vitória é a 3ª capital mais antiga do País
Publicada em 03/09/2013, às 09h00 | Atualizada em 04/09/2013, às 11h15
Por SEGOV/SUB-COM (secomeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi
Em Vitória, suas cultura e história abraçam moradores e visitantes e os convidam a viajar para o século XVI. Conquistas dão o tom nostálgico nessa viagem ao túnel do tempo da terceira capital mais antiga do Brasil.
Voltamos a meados do século XVI. A fundação do Espírito Santo começa 34 anos depois de o Brasil ter sido descoberto, em 1500. Com o estabelecimento, pela Coroa Portuguesa, do sistema de capitanias hereditárias para a colonização do País, o território capixaba foi doado a Vasco Fernandes Coutinho, que tomou posse da área em 23 de maio de 1535.
O donatário se instalou aos pés do morro da Penha, na primitiva Vila do Espírito Santo, que, depois, viria a ser chamada de Vila Velha, então sede da capitania. Depois que o local passou a ser alvo de ataques indígenas, os portugueses decidiram mudar a capital para uma ilha próxima.
Eles atravessaram a baía de Vitória e atracaram em Santo Antônio. Em 8 de setembro de 1551, os lusos venceram a batalha contra os índios goitacases e fundaram a Vila Nova do Espírito, que passaria a ser chamada de Vitória em homenagem ao triunfo sobre os indígenas.
A data da fundação faz de Vitória, com 462 anos, a terceira capital mais antiga entre os Estados. A primeira foi o Recife (capital de Pernambuco), que, em meados da terceira década do século XVI, era uma estreita faixa de areia protegida por uma linha de arrecifes. O local passou a abrigar um porto e, no entorno dele, que servia a Vila de Olinda, formou-se um povoado. Em 12 de março de 1537, a constituição da Vila do Recife foi registrada e a cidade foi fundada, há 476 anos.
Doze anos mais tarde, em 1549, mais exatamente no dia 29 de março, foi fundada São Salvador (capital da Bahia). Naquele ano, Tomé de Souza e comitiva chegaram com ordens da Corte Portuguesa de fundar uma cidade-fortaleza. Todos os donatários das capitanias hereditárias eram submetidos à autoridade do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa. A cidade de Salvador, hoje com 464 anos, foi a sede da administração colonial do País até 1763.
Só lembrando que a primeira vila fundada no período colonial foi a de São Vicente, em São Paulo, em 1532.