Música, poesia, depoimentos emocionados, bolo de aniversário e um acolhedor café marcaram a comemoração pelos 16 anos de funcionamento do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cramsv). O encontro de profissionais de diferentes setores da Prefeitura de Vitória e mulheres assistidas pelo serviço virou uma grande festa, celebrando cada história de superação conquistada com o acompanhamento do Cramsv e da rede de proteção pelo fim da violência contra mulheres.
A comemoração integra a progração especial, promovida pela Secretaria de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid), e que também marca os 16 anos da criação da Lei Maria da Penha. O clima festivo e acolhedor começou com a apresentação cultural de Bruna Kethily e da poetisa, escritora e psicóloga Madu Batista.
O momento de reflexão e de esperança contou com a participação de Maria Beatriz Herkenhoff, professora do Departamento de Serviço Social da Ufes. A tarde ainda teve homenagens às servidoras do Cramsv, pela excelência do trabalho realizado com as famílias.
"Toda a equipe trabalha com dedicação, profissionalismo e muito afeto no atendimento de mulheres em um momento de vulnerabilidade e de tensão. Vocês merecem todo o reconhecimento e nossa admiração", disse a coordenadora do Cramsv, Fernanda Vieira.
Foto Divulgação
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Cramsv
No dia 4 de agosto de 2006, foi criado o Centro de Atendimento às Vítimas de Violência e Discriminação (Cavvid), voltado para o atendimento nas violações doméstica e de gênero, racial e por orientação sexual. Desta forma, Vitória implementou o serviço antes mesmo da sanção, no dia 7 de agosto, da Lei 11.340 (Lei Maria da Penha), que criou os mecanismos para coibir a violência contra as mulheres.
Em 2017, o Cavvid tornou-se o Cramsv. Mulheres residentes em Vitória, encontram no serviço acolhimento psicossocial, atendimento social, psicológico e jurídico e acompanhamento, em um trabalho articulado com a rede de enfrentamento à violência, que inclui serviços municipais - como a Casa Rosa, a Guarda e a Assistência Social - e de outras esferas do Poder Público, como Defensoria Pública, Promotoria de Justiça, 1ª Vara Especializada no Atendimento da Mulher e Delegacias da Mulher.
O Cramsv também encaminha os casos para recebimento do dispositivo de segurança preventiva (DSP) - o Botão do Pânico - e para a Casa Abrigo Estadual.Uma ação diferenciada do Cramsv é o trabalho realizado com homens autores de violência, por meio do grupo reflexivo "Espaço Fala Homem", e a realização de ações educativas e preventivas. Ao longo dos 16 anos de existência, o Cramsv já realizou mais de 23 mil atendimentos, contribuindo para a construção de uma cultura de paz e de igualdade de direitos.