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Vitória 466 anos: praças são espaços para contemplação e muita história

Publicada em 01/09/2017, às 08h00

Por Matheus Thebaldi (mgthebaldieira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi

Com a colaboração de Milene Miguel


André Sobral
Monumento "A Mãe
Monumento "À Mãe" chama a atenção das pessoas que passam pela praça Costa Pereira
André Sobral
Praça Oito de Setembro
Praça Oito de Setembro foi construída em homenagem à data de fundação de Vitória

Espaços de convivência, lazer ou um simples descanso, as praças do Centro Histórico fazem parte do cenário de Vitória. Elas guardam todo um contexto histórico e prestam homenagens a pessoas que marcaram alguma época. 

Praça Costa Pereira

A mais conhecida delas é a Costa Pereira, que foi assim denominada ao abolicionista José Fernandes Costa Pereira Júnior, presidente da Província do Espírito Santo entre 1860 e 1863. Inicialmente, a praça era conhecida como Largo do Teatro, por abrigar o Teatro Melpôneme. Somente em 1926 o antigo largo foi transformado em uma praça ajardinada. 

Um dos monumentos que chamam atenção na praça é "À Mãe", do artista plástico Maurício Salgueiro, que representa o útero materno e o relacionamento indissolúvel mãe e filho, ligados pelo cordão umbilical.

Praça João Clímaco

Localizada entre as ruas Nestor Gomes e Comandante Duarte Carneiro (ao lado do Palácio Anchieta), a praça homenageia o padre João Clímaco de Alvarenga Rangel, que se dedicou ao sacerdócio, à advocacia e às vidas acadêmica e política. Foi vice-presidente da Província do Espírito Santo e teve destaque na defesa dos negros que chefiaram a Insurreição do Queimado.

Chama a atenção o monumento "O Expedicionário", cuja autoria é de Leonardo Lima, em comemoração ao IV centenário de Vitória e homenagem aos capixabas integrantes da Força Expedicionária Brasileira mortos na Segunda Guerra Mundial.

Praça Oito de Setembro

Antes do aterro, existiam no local o Cais Grande e, depois, o Cais da Alfândega. Em 1911, foi construída a praça Oito de Setembro, em homenagem à data de fundação de Vitória. Ela abriga o famoso relógio.

Inaugurado em 1942, o relógio é constituído por uma torre de quatro faces, com 16 metros de altura. Tem em sua parte superior quatro relógios quadrangulares, sendo construído pelo alemão João Ricardo Hermamm Schorling. Até a década de 70, ele tocou a cada hora os acordes iniciais do hino do Estado do Espírito Santo. O monumento é tombado como patrimônio histórico e cultural do Espírito Santo.

Em outubro de 2013, após quase 40 anos sem tocar os primeiros acordes do hino do Espírito Santo, o equipamento foi restaurado pela Prefeitura de Vitória. Três anos depois - no final de 2016 -, o aparelho foi danificado em função de oscilações na rede elétrica, queimando o drive do equipamento.

O relógio será restaurado, cujo trabalho será dividido em duas etapas: no dia 20 de setembro, será dada a ordem de serviço para o restauro da estrutura, e no dia 30, para a troca do maquinário.

Praça Pio XII

Ela homenageia o papa Eugênio Maria Giuseppe Giovanni Palecci, nascido em Roma. Foi eleito papa no ano de 1939, adotando o nome de papa Pio XII. Ele comandou a Igreja Católica quando teve início a Segunda Guerra Mundial. A estátua foi inaugurada em 1964 e é trabalhada em mármore, tendo sido esculpida pelo italiano Carlo Crepaz. A praça fica entre as avenidas Marechal Mascarenhas de Moraes e Princesa Isabel e rua Marcelino Duarte.

Praça Presidente Roosevelt

A denominação da praça, ao lado da escadaria do Palácio Anchieta, foi em homenagem a Flanklin Delano Roosevelt, que foi eleito por quatro mandatos consecutivos como presidente dos Estados Unidos da América. Em 70, foi instalada a estátua de Dona Domingas, esculpida pelo italiano Carlo Crepaz. Ela era uma mulher negra e idosa, morava no bairro Santo Antônio e catava papéis pela cidade carregando um saco e um porrete de madeira.

Praça Ubaldo Ramalhete

Chamada assim para homenagear o professor Ubaldo Ramalhete Maia, que foi procurador-geral, promotor público, deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa, secretário-geral do governo de Jerônimo Monteiro e interventor federal do Estado. Nela foi construído o "Monumento ao Trabalho", de autoria de Euclides Fonseca, que homenageia o engenheiro Pedro Augusto Nolasco Pereira da Cunha, um dos idealizadores da Estrada de Ferro Vitória a Minas. Ela fica entre as ruas Coutinho Mascarenhas e Sete de Setembro.

Praça Getúlio Vargas

Homenagem a Getúlio Dornelles Vargas, que foi o presidente da República que mais tempo permaneceu no cargo, governando o País nos períodos de 1930 a 1945 e 1951 a 1954. Entre seus feitos, instituiu o salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a carteira profissional e as férias remuneradas. Em 1954, suicidou-se com um tiro no peito, dentro do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. Fica entre as avenidas Marechal Mascarenhas de Moraes e Princesa Isabel e ruas Doutor Aristides Campos e Cel. Vicente Peixoto.

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