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Moradores participam do mutirão de combate ao mosquito transmissor do zika vírus

Publicada em 07/12/2015, às 16h21 | Atualizada em 09/12/2015, às 17h37

Por Janete Carvalho, com edição de Matheus Thebaldi


Diego Alves
Dia D de combate ao Zika vírus no Bairro da Penha
Moradores se uniram às equipes de Saúde e Limpeza Urbana da Prefeitura, representantes do Exército e lideranças comunitárias no combate ao mosquito
Diego Alves
Dia D de combate ao Zika vírus no Bairro da Penha
O prefeito Luciano Rezende participou da ação, com visita às casas, diálogo com moradores e distribuição de panfletos com o check-list do Aedes egypt

O domingo (6) foi de combate ao mosquito e conscientização dos perigos do Aedes aegypti nos bairros da Penha e Bonfim. Organizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus), o Dia D teve mutirão de limpeza para acabar com criadouros do mosquito que já causou 245 notificações de zika em Vitória até o momento.

As equipes de limpeza e saúde da Prefeitura de Vitória visitaram as casas, conversaram com os moradores e limparam os locais cheios de entulho e de lixo. No final, foram recolhidos pelos garis 6 toneladas de lixo nos bairros da Penha, Bonfim e Itararé, segundo a Secretaria Municipal de Serviços (Semse).

A ação foi liderada pelo prefeito Luciano Rezende, que falou da necessidade de acabar com os focos do mosquito transmissor de três doenças graves: zika, dengue e chikungunya. No bairro da Penha houve o registro de 28 casos de zika, em Bonfim, 26 e, em Itararé, 15.

Ao lado do representante do 38º Batalhão de Infantaria, além dos garis, diretores de unidades de saúde e líderes comunitários, entre outros, ele visitou as residências, conversou com moradores e distribuiu panfletos com o checklist para acabar com o Aedes dentro e fora de casa.

União de forças

O prefeito lembrou que já liderou ação semelhante há 12 anos. “Quando fui secretário municipal de Saúde de Vitória, em 2003, juntamente com a equipe, consegui derrotar o mosquito da dengue. Com nossas ações de combate direto, tiramos a cidade do patamar de capital da dengue no Brasil e levamos para baixo no ranking nacional. Agora precisamos fazer o mesmo, o mosquito ficou especialista no convívio com as pessoas e, se tem um foco perto de você, é preciso eliminá-lo”, ressaltou.

Já o subcomandante do 38º BI, tenente-coronel José Nailson de Araújo Pereira destacou que o Exército é o braço forte preparado para a guerra, mas também a mão amiga para a sociedade. “Temos condições de dar esse apoio à Prefeitura de Vitória. Estamos apenas aguardando a autorização do Ministério da Defesa para agir com um grupo maior nas ruas. Os soldados já são capacitados para o combate à dengue”, disse ele, acrescentando que considera muito importante a conscientização e o envolvimento de todas as pessoas da comunidade.

O prefeito orientou os moradores a guardarem o lixo em suas casas e esperar o horário do carro de lixo passar para colocar do lado de fora. Isso evita a formação de focos do mosquito transmissor. "Uma simples tampinha de garrafa com água acumulada tem milhares de ovos que vão virar larva e depois mosquito. Portanto, todo o cuidado é pouco", explicou Luciano.

O combate principal é com a larva na água. Quando o mosquito está formado e começa a voar fica mais difícil combater e muitos deles já estão resistentes a certos inseticidas.

Foto Divulgação
Dia D de combate ao Zika vírus no Bairro da Penha
A escadaria antes do mutirão, realizado domingo (6), nos bairros da Penha, Bonfim e Itararé
Foto Divulgação
Dia D de combate ao Zika vírus no Bairro da Penha
A escadaria após o mutirão. Ao final da limpeza, foram recolhidos pelos garis 6 toneladas de lixo

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