Notícias

Carnaval: Pega no Samba traz tema atual de defesa do meio ambiente

Publicada em 31/01/2016, às 01h47

Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi


André Sobral
Carnaval 2016 - Pega no Samba
Pega no Samba apostou na beleza e nas cores para homenagear Augusto Ruschi
André Sobral
Carnaval 2016 - Pega no Samba
Escola contou a trajetória de Ruschi em sua defesa ao meio ambiente

A terceira escola a desfilar no Grupo Especial, na madrugada deste domingo (31), foi a Pega no Samba. A escola retornou à elite do Carnaval de Vitória e, apesar de ter tido alguns problemas com a comissão de frente no início do desfile e com o som no final dele, mostrou muita garra e animação, trazendo ainda um tema muito atual: a preservação do meio ambiente, através da celebração do centenário do famoso biólogo capixaba Augusto Ruschi.

Para homenagear o biólogo, natural de Santa Teresa, a Pega no Samba contou a trajetória de Ruschi em sua defesa ao meio ambiente. O mestre Jorginho, 63 anos, que é o mestre de bateria mais antigo ainda em atividade, torcia muito pela escola. “Este samba é muito bonito. Ensaiamos muito e esperamos continuar no Grupo Especial”, declarou.

As crianças sempre dão um show à parte, pela energia e espontaneidade. Entre elas estava Luis Fernandes Graciliano, 13 anos, pela segunda vez na bateria da escola, muito animado antes e durante o desfile.

Apesar de terem tido problemas com a comissão de frente, a escola abriu o desfile com coreografias em bandeiras e um carro abre-alas mostrando o amor do capixaba pela natureza, com a reprodução de uma das cenas mais famosas de Augusto Ruschi: o biólogo e um beija-flor se beijando.

Natureza

Em cada detalhe, a Pega no Samba manteve o tema da natureza do Espírito Santo: várias alas simbolizando a fauna e a flora, e destaques da escola como borboletas e libélulas, além do mestre-sala e da porta bandeira, que vieram representando a orquídea e o beija-flor, símbolos da natureza capixaba que Ruschi tanto defendeu.

A segunda alegoria trouxe um grande laboratório com tubos de ensaio e livros, representando o trabalho científico que Augusto Ruschi desenvolveu. Outro carro no desfile mostrou uma típica casa e os moradores de Santa Teresa, cidade natal do biólogo.

Lama

A Pega no Samba mostrou que a luta de Augusto Ruschi não acabou e nunca foi tão atual com uma das últimas alas da escola mostrando um pedido de socorro para o Rio Doce. Participantes vestidos de laranja representaram a lama que assola o rio.

A escola fechou o desfile com um carro representando um pajé e um ritual pelo qual Augusto Ruschi passou numa comunidade indígena, chamado pajelança, que busca cura e proteção, exatamente o que Ruschi defendia para o meio ambiente.

André Sobral
Carnaval 2016 - Pega no Samba
André Sobral
Carnaval 2016 - Pega no Samba

Voltar ao topo da página