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Fumacê reforça ações de combate a mosquitos Aedes aegypti e pernilongos

Publicada em 07/11/2019, às 16h34

Por Milene Miguel, com edição de Matheus Thebaldi


André Sobral
Carro Fumacê
Técnica UBV Pesado gera uma névoa fina e é a mais eficaz para combater os mosquitos Aedes aegypti

O carro fumacê mantém os trabalhos de combate aos mosquitos na capital. O itinerário é elaborado levando em consideração os bairros que apresentam maior incidência de casos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya, além da quantidade de mosquitos verificados nas armadilhas de monitoramento e solicitações recebidas pelo 156.

O fumacê é uma das ferramentas de prevenção de mosquitos utilizadas na capital e age somente sobre os insetos adultos que se encontram no local no momento da aplicação espacial de inseticida, não tendo ação direta em seus criadouros. 

Segundo o diretor do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA), Rogério Almeida, a ação visa combater tanto os mosquitos Aedes aegypti quanto os pernilongos.

"A principal diferença entre eles está no fato de o Aedes voar abaixo de 1,2 metro, picando mais pés, pernas e joelhos, e possuir hábitos diurnos, picando à noite apenas se tiver oportunidade. Já o pernilongo, além de voar alto e fazer um zunido, sai para se alimentar à noite. Por isso, as técnicas de uso do fumacê também são diferentes para cada mosquito", disse.

Tipos de fumacê – UBV Pesado e FOG
Flávio Almeida
carro fumacê
Técnica "FOG" gera névoa branca e é usada para combater os pernilongos

Nas tabelas do itinerário de novembro, é possível identificar dois tipos de fumacê (UBV Pesado e FOG)

A técnica de UBV Pesado consiste em aplicação de inseticida em Ultra Baixo Volume (UBV), em gotículas que devem possuir entre 10µ e 25µ de diâmetro, apresentando um odor característico, mas pouca visibilidade, e formando uma névoa fina direcionada para os imóveis.

O objetivo é que os quarteirões sejam envoltos com a névoa para que o inseticida entre na casa das pessoas. É a técnica mais adequada para o controle do mosquito Aedes aegypti, que tem seus criadouros predominantemente no interior dos imóveis.

"Assim, os locais que serão trabalhados com esse procedimento são locais onde verificamos maior incidência de casos notificados de dengue, zika, chikungunya e febre amarela", esclareceu Rogério Almeida.

Já na técnica de termonebulização "FOG", a liberação do inseticida ocorre em forma de vapor, gerado pelo aquecimento e ressonância da calda, formando a “névoa” branca característica, conhecida como “fumacê”.

"A termonebulização apresenta maior flexibilidade de uso, podendo ser utilizada em maior número de situações, tais como controle de mosquitos em galerias ou situações de 'nuvens' de mosquitos. Além disso, em função da técnica ser 'a quente', a névoa gerada é mais leve e apresenta maior dispersão no ambiente, sendo mais indicada para se trabalhar controle de populações de mosquitos no extradomicílio, tais como mosquitos comuns e silvestres", conclui.


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