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Arquiteto carioca realiza palestra sobre intervenções no porto do Rio

Publicada em 22/09/2009, às 14h04 | Atualizada em 22/09/2009, às 16h21

Por Danielly Campos, com edição de Rafael da Silva Paes Henriques

Com a colaboração de Jacyara Pianes


Foto Divulgação
Projeto Porto Maravilha no Rio de Janeiro
O plano de revitalização e reestruturação da zona portuária carioca é bastante ousado

Intervenções urbanísticas em áreas portuárias, com incentivo à moradia, obras de mobilidade e construção de praças e espaços contemplativos, são uma tendência para todo país. Pelo menos essa é a opinião do arquiteto e coordenador de Projetos Especiais Urbanos da Prefeitura do Rio de Janeiro, Antonio Correia.

O arquiteto, que participou da concepção do Porto Maravilha, projeto carioca que ganhou mídia nacional pela proposta inovadora de revitalização do centro do Rio, estará em Vitória, nesta terça-feira, para apresentar a palestra Porto Maravilha - o Plano de Revitalização e Reestruturação da Zona Portuária. A exposição está marcada para às 19 horas, no auditório do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo, em Vitória. Confira o que ele já adiantou ao Diário de Vitória:

O que é o projeto Porto Maravilha?

Antônio Correia - A proposta da prefeitura do Rio para a região portuária está dividida em duas frentes. Primeiro vamos investir na revitalização dos arredores da Praça Mauá, no Centro. Depois, haverá um investimento maior em toda a região. Será criada uma área especial de interesse urbanísticos com empreendimentos explorados em parceria público-privada, um novo plano de mobilidade para o local e um banco de terrenos e edificações livres e subutilizados para que seja incentivado o comércio e o lazer para atrair pessoas ao local durante o dia e principalmente à noite.

Qual a sua análise da situação atual da região portuária do Rio?

O centro do Rio está muito degradado. A área foi aterrada e ocupada por instalações portuárias, que, com o passar do tempo, já não têm mais funcionalidade. A região se tornou obsoleta e desocupada, sobretudo à noite. Propomos novos e múltiplos usos para o bairro. A intenção é atrair moradores, comerciantes e visitantes para o local.

Sedec / Divulgação
arquiteto Antonio Correia
Antonio Correia participou da concepção do Porto Maravilha, projeto de revitalização do centro do Rio

Quais vantagens que a revitalização da região central pode trazer para a cidade?

O comércio, que movimenta pessoas na região, funciona apenas durante o dia. Se a área for repensada e novos usos forem atribuídos ao local, as pessoas poderão retornar ao Centro em outros períodos do dia. Isso vai dinamizar não só a economia local, mas também a "vida" do bairro e de toda a cidade.

A experiência carioca pode ser vista como alternativa em Vitória?

As características físicas das duas capitais se parecem. Além disso, o foco do projeto é a revitalização dos centros urbanos. Poderemos trocar ideias interessantes. O importante é repensar estrategicamente as cidades.

Isso é uma tendência para todo o país?

Sim. A revitalização dos centros urbanos é uma tendência que corre o Brasil todo. Temos exemplos de práticas que estão sendo pensadas e executadas em São Paulo e em Belo Horizonte.

Conheça mais detalhes do projeto Porto Maravilha.


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