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Jovens do Núcleo Afro Odomodê visitam quilombo
Publicada em 23/01/2020, às 14h40
Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Josué de Oliveira
Jovens moradores de Vitória foram a Viana conhecer o quilombo de Araçatiba e o sítio arqueológico Capela Belém, ambos localizados naquele município. A visita fez parte da programação do ciclo de formação do grupo, que contou com três dias de diálogos e dinâmicas reflexivas, com as temáticas: “Música, dança e ancestralidade”, “Escravização no Brasil e os movimentos abolicionistas” e “Movimento Negro e Quilombos”.
De acordo com a coordenadora de políticas de Juventude, Jéssica Delcarro, durante a formação os jovens tiveram o primeiro contato visual e auditivo com o quilombo e a visita possibilitou aos participantes o conhecimento e a troca de experiências com esta comunidade quilombola.
“As atividades buscam trabalhar a identidade e o empoderamento, com foco na história, na resistência e na realidade da juventude negra que é atendida no Núcleo Afro Odomodê, um espaço ligado à Secretaria Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid)”, contou ela.
O trabalho desenvolvido pela equipe do Núcleo Odomodê possibilitou aos jovens um conhecimento mais amplo do que é aquilombar-se. “Aquilombar é: estabelecer o autocuidado, construir espaços coletivos de afeto e de reflexão sobre a realidade, de acolhimento, de escuta, de sociabilidade, de sentidos coletivos, de fortalecimento de laços, memórias e constituição de uma identidade”, explicou.
O secretário de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho, Bruno Toledo, complementou que a Secretaria tem o compromisso com a causa e a implementação de ações que comporte a diversidade, as realidades locais e o diálogo. “Além de demonstrar a multiplicidade identitária no Brasil e auxiliar os jovens no conhecimento de suas origens e seu reconhecimento”, ressaltou.
Para Marcela Gomes do Nascimento, de 22 anos, a ida ao quilombo “foi uma experiência riquíssima, principalmente no que se refere a aquisição de conhecimento histórico e o sentimento de pertencimento, que também faz parte de quem eu sou, acredito que atividades como essas devem ser realizadas com maior frequência. Possibilitando que outros desfrutem de tal oportunidade”.