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Assistidos do Centro-Pop fazem curso de alfabetização digital

Publicada em 16/10/2019, às 06h26

Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi


Flávio Almeida
Alfabetização digital para os assistidos
Assistidos estão tendo a oportunidade de aprender ferramentas de celular e computador no curso (ampliar)
Flávio Almeida
Alfabetização digital para os assistidos
Geraldo Pereira do Carno quer aprender a usar o computador para poder publicar o seu próprio livro (ampliar)

Com o objetivo de propagar o conhecimento do mundo virtual, por meio das redes sociais, acesso ao e-mail ou digitação, 14 assistidos do Centro de Referência Especializado de Assistência Social para População de Rua (Centro-Pop) estão realizando curso de alfabetização digital na Biblioteca Pública do Espírito Santo.

A ação é uma parceria do Centro-Pop, que é um equipamento da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), com a Biblioteca Pública do Espírito Santo. As aulas acontecem às terças e quintas, das 16 às 17 horas, e o curso tem duração de dois meses.

"Quero conseguir acessar a internet para publicar o meu livro. Por enquanto, tudo o que escrevo fica em uma caderneta. Pretendo falar sobre os fatos reais do movimento de população de rua e de minha história, já que vivi 33 anos nas ruas", disse Geraldo Pereira do Carno, de 53 anos, que hoje está instalado na Hospedagem Noturna.

Oportunidade

"Como vim de Linhares para cá, estou desde 2017 como pessoa em situação de rua. Estou tento uma oportunidade que ninguém nunca me deu. Isso aqui é único. Estou começando do zero", afirmou Joilson Santos Feliz, 50.

Emprego

"Tudo que mais quero é sair das ruas. Pretendo aprender mais, pegar meu diploma de alfabetização digital e conseguir um emprego, seja como professora ou em alguma lan-house para ensinar as pessoas que não sabem. Quero muito crescer na vida", declarou Thaís Rodrigues, 22 anos.

Aprender

"O curso de alfabetização digital para essa turma de assistidos tem como objetivo garantir a eles a segurança e a autonomia, além de transmitir novos conhecimentos. É a primeira turma com pessoas em situação de rua. Para nós tem sido um desafio, mas muito promissor e maravilhoso porque são os que mais precisam. Este é o nosso papel: levar informação e conhecimento para quem precisa", ponderou a bibliotecária Aline da Silva Moreira.

Conhecimento

"A inclusão da pessoa em situação de rua em formações dessa natureza tende a estimular a busca por novos conhecimentos, além de oportunizar a colocação no mercado de trabalho", esclareceu o coordenador do Centro-Pop, Mauro Motta.


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