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Escola da Vida recebe Prêmio Cidades Sustentáveis 2019

Publicada em 18/09/2019, às 18h52 | Atualizada em 18/09/2019, às 18h58

Por Edlamara Conti (econtieira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi


Imagem divulgação
Premiação Escola da Vida
Prefeito Luciano Rezende e secretária Iohana Kroehling receberam em São Paulo a premiação conquistada pelo Programa Escola da Vida (ampliar)

Idealizado para estimular pessoas em situação de rua a descobrir novas perspectivas de vida e buscar autonomia e inserção no mercado de trabalho e na vida comunitária, o Programa Escola da Vida recebeu, nesta quarta-feira (18), o Prêmio Cidades Sustentáveis 2019, com o primeiro lugar na categoria Cidades Médias (de 101 a 500 mil habitantes), em São Paulo (SP).

A cerimônia contou com a presença do prefeito de Vitória, Luciano Rezende, e da secretária municipal de Assistência Social, Iohana Kroehling.

O programa concorreu com outros 114 modelos de boas práticas municipais, políticas inovadoras e bem-sucedidas na redução das desigualdades, apresentados por 61 municípios de 15 estados brasileiros.

Para alcançar esse êxito, o programa atendeu a vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) requeridos pelo Prêmio Cidades Sustentáveis: Erradicação da Pobreza, Saúde e Bem-Estar, Educação de Qualidade, Redução das Desigualdades e Igualdade de Gênero.

A premiação aconteceu dentro do 3º Encontro da Plataforma Global para Cidades Sustentáveis e 2ª Conferência Internacional para Cidades Sustentáveis.

“A Escola da Vida é a porta de reentrada na família e na sociedade. Uma chance para quem estava em situação de rua, morando nas ruas. Em 2019, nós mais que dobramos o número de pessoas reencaminhadas às suas famílias”, informou o prefeito de Vitória, Luciano Rezende.

Superação

A Escola da Vida já registrou este ano 190 casos de superação, um aumento de 150% em relação ao ano passado. São casos de reinserção familiar e comunitária, inserção no Programa Moradias Alternativas e no mercado de trabalho formal e retorno à escolarização.

Guiomedce Paixao
boomerangue escola da vida porta retrato abril
Oficinas e cursos da Escola da Vida trabalham as potencialidades dos assistidos para despertar para um novo sentido de vida

Escola da Vida

A Escola da Vida foi criada em dezembro de 2015 para acolher as pessoas em situação de rua no município. O diferencial do projeto é a perspectiva de contribuir na construção de caminhos e no empoderamento pessoal e social dessa população.

“A Escola da Vida vai além de buscar atender essas pessoas na lógica de suas necessidades. Buscamos trabalhar suas potencialidades, seus sonhos e, a partir dessas identificações, criar conexões com oportunidades pessoais, sociais e profissionais ofertadas na cidade", explica a secretária Iohana.

Outro diferencial das práticas mais comuns aplicadas a essa população é o trabalho em rede. A Escola da Vida envolve diferentes serviços da Prefeitura de Vitória: a Assistência Social, com o Centro-Pop, Hospedagem Noturna, Casa República e Abordagem Social de Rua; a Saúde, com o Centro de Apoio Psicossocial (CAPS); a Educação, com a Educação de Jovens e Adultos (EJA); a Habitação, com o Programa Moradia Alternativas (aluguel social); e Cidadania, com a emissão de documentos e o Sine.

Muitas entidades, coletivos, associações e igrejas estão alinhadas ao projeto, além de instituições de ensino superior, como a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e a Faculdade de Direito de Vitória (FDV).

Empresas privadas também colaboram com o programa, como Mc Donalds, Autoescola Salomão, Supermercado Ok, Star Vigilância, Associação de Comerciantes da Praia do Canto, e profissionais de diversas áreas, como psicólogos, nutricionistas, artistas plásticos e de outras modalidades, educadores, biólogos, engenheiros, dentistas, médicos, músicos, entre outros.

"O trabalho em rede possibilita a conquista de resultados melhores e mais consolidados. Por meio dessa abordagem, essa população consegue perceber que, apesar de suas adversidades e trajetórias, é possível acessar o mercado de trabalho, conquistar autonomia e inserção social", diz Iohana.


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