Notícias

Estudo aponta Vitória como referência nacional em alfabetização e política de formação docente

Publicada em 11/06/2025, às 00h00 | Atualizada em 11/06/2025, às 17h28

Por José Carlos Schaeffer (jcschaeffereira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


Jansen Lube
Alunos em aula de pintura CMEI Rubens José Vervloet

Um estudo de caso realizado pelo Movimento Profissão Docente, uma coalizão formada por organizações do terceiro setor, colocou a rede municipal de Vitória como referência nacional em políticas educacionais voltadas à formação de professores e à alfabetização. O estudo analisa as estratégias adotadas pelo município e destaca a capital capixaba como um exemplo de políticas bem articuladas, baseadas em evidências e centradas no desenvolvimento dos profissionais da rede.

"O Movimento Profissão Docente investigou como a rede estruturou sua política pública de formação continuada e tornou a capital capixaba um exemplo de sucesso no aprendizado dos estudantes", afirma o estudo. O levantamento integra a série de publicações do Movimento Profissão Docente que visa identificar boas práticas para inspirar redes de ensino de todo o país.

A análise foi motivada pelo desempenho de Vitória no Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, divulgado em junho de 2024, que colocou o município entre as cinco capitais brasileiras com maior percentual de crianças alfabetizadas ao final do 2º ano do Ensino Fundamental, sendo a primeira da região Sudeste e a quarta colocada no ranking nacional.

Uma das ações centrais foi a reestruturação da política de formação continuada da rede, que passou a ser realizada no horário de trabalho e articulada ao currículo, às avaliações, aos materiais didáticos e ao acompanhamento pedagógico. "Formação é coisa séria. Não é apenas uma estratégia administrativa, mas um processo genuíno de valorização profissional. Garantir a formação de professores no horário de trabalho é essencial para o desenvolvimento de uma educação de qualidade", destacou a secretária Juliana Rohsner.

Entre os destaques apontados pelo estudo está a formação continuada estruturada, onde as formações são organizadas por componente curricular e etapa de ensino, com carga horária significativa, encontros mensais e pautas baseadas em dados da aprendizagem e nas necessidades reais das escolas. Também é destacado o acompanhamento pedagógico efetivo, em que assessores pedagógicos realizam visitas quinzenais às escolas, atuando como consultores próximos às equipes gestoras e promovendo o alinhamento entre avaliação, planejamento e formação.

Outra ação levantada pelo estudo é o currículo unificado e a definição de objetivos trimestrais claros, com a padronização da carga horária e a definição de metas de aprendizagem por trimestre que garantem maior previsibilidade nas ações pedagógicas. Também foi destacado o Projeto Educar para Vitória, uma iniciativa que integra avaliação diagnóstica, reforço escolar, formação de professores e ampliação da carga horária para os estudantes de toda a rede.

Com o avanço dos indicadores como prioridade, a rede de Vitória passou a atuar com base em planejamento estratégico, metas bem definidas e monitoramento contínuo. Com isso, é possível observar o fortalecimento da cultura pedagógica nas escolas e a ampliação das oportunidades de aprendizado para mais de 40 mil estudantes da rede municipal.

Resultado 

O resultado vem aparecendo nos indicadores da educação municipal. Após anos de estagnação, Vitória registrou aumento no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de 5,6 para 6,1 nos anos iniciais, e de 4,6 para 5,0 nos anos finais. O município também foi reconhecido pelo Ministério da Educação com o Selo Ouro em Alfabetização, diante dos índices alcançados em toda a rede.

"O reconhecimento é importante, mas o que mais nos motiva é saber que nossas crianças estão tendo acesso a uma educação pública de qualidade, humanizada e transformadora. Seguiremos comprometidos com a valorização de nossos profissionais e com o direito à aprendizagem de cada estudante de Vitória", finaliza Juliana Rohsner.


Voltar ao topo da página