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Cras Santa Martha reúne dezenas de pessoas em festa cultural
Publicada em 09/06/2025, às 00h00 | Atualizada em 09/06/2025, às 16h05
Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes
Fortalecimento dos laços sociais e familiares, em um ambiente de encontros e acolhimento. Esse foi o clima da Festa Multicultural voltada para as pessoas atendidas no Centro de Referência de Assistência (Cras) Santa Martha (Cras Alcides Santos), realizada no Parque Mangue Seco, onde fica a sede do espaço.
A coordenadora do local, Soraia Assis, comentou que a festa é mais uma ação planejada pela equipe que possibilita a participação das famílias, assegurando que elas se sintam mais acolhidas e valorizadas. "Reunidos eles se sentem mais pertencentes ao grupo do Cras e também do seu território. Isso contribui para a prevenção do isolamento social e fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários", ressaltou a coordenadora.
As palavras da dona de casa Cleuza Maria dos Santos, de 75 anos, corroboram para a afirmação da coordenadora. "Esta é a segunda vez que participo de uma atividade assim. Adorei. Estava sentindo falta de um momento assim. Aqui, me sinto acolhida. Aqui, fiz amizades", contou ela. Cleuza Maria disse que desde que teve um acidente vascular cerebral (AVC), o Cras tem ajudado na resolução de alguns problemas que vem enfrentando.
Jeanne Aparecida Conceição fez questão de falar que o convite para participar da festa foi muito bem recebido. "Estou gostando de tudo: da decoração e, principalmente, como elas tratam a gente", disse ela. Ao abordar a forma como era tratada no Cras, querer saber um pouco mais sobre este ponto surgiu naturalmente e, Jeanne respondeu prontamente: "O melhor daqui é o acolhimento. Eles vê a situação da minha família. Dão orientação, conselhos e um direcionamento. As vezes, estou triste com os problemas com os filhos, na família e, depois de uma conversa com a equipe saio me sentindo menos pesada".
Sentimento semelhante teve Antônio Rosa de Moraes, que fez questão de levar para a festa a companheira Rita e a neta Dandara, de um ano. "Acho muito legal vir, conversar. É também um passeio. Sempre que venho no Cras me sinto mais tranquilo", revelou ele.
Se os adultos tiveram estes sentimentos é fácil imaginar a reação das crianças frente à decoração e às brincadeiras organizadas na Festa Cultural. Os irmãos Manoela Victória (11), Maria Eduarda (9), Davi Felipe (7) e Laysla (6) eram pura alegria ao serem premiados com brinquedos na pescaria. "Estamos muito felizes de verdade", disse a irmã mais velha, que pediu para que eles juntassem para tirar uma foto mostram os presentes.
Alegria também expressa no rosto de Josenita, a Nita, como ela disse que gosta de ser chamada, de 57 anos. Acompanhada da educadora social do Serviço de Atendimento no Domicílio (Sad) Verônica Carvalho, Nita, era só sorrisos e forró no pé. Apesar das dificuldades em se expressar por conta da sua deficiência, ela falou: "Aqui é muito bom. Gosto do Sad. Gosto dela (abraçando a educadora). Ela me leva para passear. Gosto de pintar e brincar".
Enquanto participava da festa, a secretária de Assistência Social, Soraya Manato disse acreditar na promoção de eventos culturais dentro dos espaços socioassistencias como ferramenta para interação social, fortalecimento da participação social e o sentimento de pertencimento das famílias em seu território.
"É mais uma oportunidade de socialização, troca de experiências e construção de novas relações, além de contribuírem para a prevenção de situações de risco social e o fortalecimento dos laços familiares", ressaltou Soraya Manato.