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Assistência Social: rede intersetorial debate a medicalização da infâncias e juventudes
Publicada em 28/11/2024, às 18h30 | Atualizada em 28/11/2024, às 18h34
Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes
O Museu Capixaba do Negro (Mucane) foi o lugar escolhido para sediar o III Seminário da Rede Intersetorial do Centro de Vitória, que trouxe como tema Patologização e Medicalização das Infâncias e Juventudes: Diálogos em Rede sobre os Desafios na Educação, Saúde e Assistência Social, realizado nesta quinta-feira (28).
O encontro reuniu profissionais da rede intersetorial do território Centro, composta por Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), Centros de Referência de Assistência Social (Cras),Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), Unidades de Saúde (US), Centors Municipais de Educação Infantil (Cmeis), Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs) e outros equipamentos públicos da rede ampliada, como a Casa Rosa e Centro Margaridas. Também participaram as instituições privadas como as OSCs Associação Alef Bet, Associação Luterana de Assistência Social (Alas), Instituto Raízes e Sesc.
Na programação, uma recepção com apresentação do "Coral Serenata D'Favela" e do Centro de Convivência do bairro Do Quadro, e mesa de abertura com representantes das Secretarias Municipais de Educação, Saúde e Assistência Social.
Ainda pela manhã, os profissionais tiveram a oportunidade de assistir a palestra "Medicalização das infâncias e juventudes: estratégias de cuidado ou de silenciamento?", proferida pela Professora Doutora Beatriz Sancovschi, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Durante a tarde, o seminário seguiu com uma apresentação musical com Almir do Sax, da Associação Alef Bet, e também acadêmicas de atuação destacada, como a professora doutora Bruna Lídia Tano, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), cuja palestra trouxe como tema "Despatologizar os territórios: A articulação intersetorial e o compromisso com as crianças, adolescentes e suas comunidades".
Uma mesa redonda com o tema "Patologização e Medicalização: Desafios para os cotidianos dos serviços", orientou os debates promovidos pelas participantes. No centro da mesa, Renata Tavares Imperial (CAPSi), Adriana Cristina Gomes Oliveira (Seme/PMV) e Anacyrema da Silveira Silva (Semas/PMV), tendo como mediador Matheus Magno (CR IST).
Para a coordenadora do Cras Centro, Danielli Lima, o evento representa um passo importante na formação continuada das equipes multiprofissionais envolvidas na construção de processos de acompanhamento com indivíduos e famílias nas áreas de educação, saúde e assistência social.
"Trata-se de uma problemática comum ao cotidiano do trabalho dos serviços que compõem a rede intersetorial, necessitando de intervenções multiprofissionais e integradas entre os serviços, considerando suas complexidades. Deste modo, além de um momento formativo de grande relevância, o seminário também constitui um espaço estratégico para o fortalecimento da rede intersetorial do Centro de Vitória", disse Danielli.
Durante a abertura, a secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, falou sobre importância do seminário. "Este seminário é fruto dos encontros de rede intersetoriais. A gente sabe que existem vários outros movimentos que acontecem a partir do encontro de pessoas, profissionais da Assistência Social, Saúde, Educação, das OSCs e das comunidades. E este movimento é muito poderoso e representativo", comentou.
Quanto ao tema central do seminário, Cintya Schulz enfatizou que "é bastante sensível é essencial pensar de que forma a gente está lidando com estas questões, e o quanto nos afeta e como estamos trabalhando com isso".