Notícias
Rede Escola da Vida: trabalho intenso contribui para tirar pessoas das ruas
Publicada em 11/07/2019, às 09h00
Por Edlamara Conti (econtieira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de SEGOV/SUB-COM
Para a Rede Escola da Vida, o ano está sendo de novas ações pela cidade e de mais envolvimento com entidades parceiras e a comunidade. O destaque foi a criação de dois núcleos de atendimento à população em situação de rua: um em Jardim da Penha, a Tenda do Bem, e outro na Praia do Suá.
Nessas duas regiões, de março a junho, foram oferecidos serviços como emissão de documentos (CPF, Carteira de Identidade, Carteira de Trabalho e certidões), exames e atendimento básico de saúde, atendimento psicossocial e encaminhamentos para o Centro-Pop, Hospedagem Noturna, Albergue de Migrante e para tratamento de dependência química.
As ações representaram uma conjugação de esforços entre as secretarias municipais de Assistência Social (Semas), Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid), Saúde (Semus), Segurança Urbana (Semsu), Desenvolvimento da Cidade (Sedec), Meio Ambiente (Semmam) e Central de Serviços, na perspectiva de criar oportunidades para a superação da situação de rua.
As parcerias foram fundamentais nas ações: com a Pastoral de Rua da Paróquia São Francisco de Assis e o Grupo Girassóis, em Jardim da Penha, e com a Igreja Batista da Praia do Suá, da Paróquia São Pedro e do Projeto Sou Diferente, na Praia do Suá.
Tenda do Bem
Na Tenda do Bem, equipes da Rede Escola da Vida atuaram de forma integrada. Nesse período, o Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) realizou 309 abordagens de convencimento para a reinserção social.
Equipes do Centro-Pop encaminharam uma gestante para o Albergue, duas pessoas foram para acolhimento na Hospedagem Noturna, quatro para uma comunidade terapêutica, quatro para o Albergue do Migrante para o benefício de passagem, além de encaminhamentos para os serviços socioassistenciais da Serra e de Cariacica. E a rede faz o acompanhamento da maioria dessas pessoas.
Além disso, foi feita a comunicação direta com moradores e comerciantes dos locais próximos às ações, por meio do Papo da Cidade. Além de ouvir demandas, esclarecer dúvidas e dar orientações, as equipes do Papo da Cidade distribuíram folhetos explicativos sobre os serviços voltados para a população de rua e o acesso a eles.
A Tenda do Bem será ampliada e ganhará mais estrutura neste segundo semestre.
Diálogo
Com a comunidade, o diálogo se estabeleceu por meio de rodadas de conversas, solicitadas por lideranças religiosas e comunitárias e conduzidas por secretários municipais no Centro e em Jardim da Penha. Foram reuniões abertas ao público, que contaram com representantes de diferentes igrejas, movimentos populares, grupos voluntários, moradores e comerciantes das regiões.
No Centro, foi acordada a criação de um fórum permanente de discussão e de acompanhamento das ações, especialmente as previstas no Protocolo de Atendimento Protocolo de Atendimento à População em Situação de Rua no Âmbito da Política de Assistência Social.
"É importante que os grupos de voluntários, as igrejas e toda a sociedade saibam o que fazemos e como podem proceder. Podemos realizar ações conjuntas, potencializando os resultados", disse a secretária de Assistência Social, Iohana Kroehling.
Colab Boomerangue
As estratégias de convencimento para a reinserção social promoveram múltiplos resultados. O destaque foi a criação, por pessoas em situação de rua, de um grupo de trabalho criativo e colaborativo chamado Colab Boomerangue.
A partir de oficinas de artes, o grupo decidiu aperfeiçoar as técnicas de confecção de artesanato a partir de materiais recicláveis - ecoprodutos - e gerar renda. O ponto alto do projeto foi a exposição na Casa Porto das Artes, em junho.
Escola da Vida
Entre janeiro e junho, a Escola da Vida, em São José, encaminhou 26 pessoas para aquisição de documentos, sendo 21 com vale-foto; 16 para tratamento de saúde e sete para tratamento de dependência química; oito de volta à escola; sete cursos de qualificação, 14 para o mercado de trabalho, além das que foram encaminhadas para serviços socioassistenciais, como Centro-Pop, Hospedagem Noturna ou Albergue de Migrante. Na sede da Escola da Vida, foram 112 pessoas atendidas.