Prefeitura de Vitória

Quarta escola a desfilar, a Mocidade da Praia, tradicional agremiação do bairro Praia do Canto, em Vitória, trouxe o enredo "Solis: o alvorecer da humanidade". O astro-rei, Sol, abrilhantou o desfile e guiou a escola do início ao fim da avenida.

Abrindo o desfile, o primeiro setor, "Vossa Majestade Mística: o sol", veio trazendo o sol como elemento místico. A comissão de frente, trabalho da coreógrafa Lalau Martins, trouxe "o alvorecer" em plena madrugada de sábado.

Atrás do pede passagem, anunciando a escola, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marcos Paulo e Gleici Simpatia, brilhou com a fantasia "Sol e fonte de energia". Em seu bailar em busca das notas 10, eles personificaram a energia vital de cada um de nós.

Trazendo para o Carnaval de Vitória toda a experiência adquirida desfilando na Marquês de Sapucaí, Gleici Simpatia, que já defendeu o pavilhão do Salgueiro por sete anos e também esteve na Acadêmicos da Rocinha e no Império da Tijuca, foi uma das atrações.

"Festa de escola de samba é festa popular, é festa do povo, festa das comunidades. Estamos aqui para trazer a nossa alegria e a nossa estética para o mundo", complementou Mariana Monteiro, integrante da escola Mocidade da Praia. 

A ala mais tradicional das agremiações, a ala das baianas, vestiu "Astrologia: o sol nas cartas de tarô". Entre as componentes, parteiras, professoras, enfermeiras e até rainha do acarajé.

O abre-alas da agremiação, "Lendas e mistérios das civiliza sois", apresentou o sol como símbolo espiritual ao longo da trajetória humana.

"São dois anos sem Carnaval, e a expectativa é que vamos fazer um show perfeito. É emocionante estar na Mocidade e é emocionante voltar a desfilar na avenida", disse Ressalta Mônica Nunes, destaque da escola. 

Ritmo que incendeia

À frente da bateria, Jhul Lemos resplandeceu representando os raios solares. Ao lado dela, Jorge Lisboa, o rei de bateria, vestiu "Hefestu Deus do Pogo". No comando dos 102 ritmistas da escola, mestres Jeferson Rodrigues e Paulo Henrique. O coração da escola brilhou ainda mais com a fantasia de "O astro Rei".

Com uma explosão de samba no pé, os passistas chegaram como "Labaredas de fogo" ao Sambão do Povo, contagiando as arquibancadas, mesas e camarotes.

A Mocidade da Praia apostou ainda em uma ala coreografada, representando uma das lendas mais famosas envolvendo o sol, "O sonho de Ícaro", que sonhava voar até chegar próximo ao astro-rei.

A humanidade e o sol

O segundo setor da escola buscou representar as diversas relações da humanidade com o sol: na astronomia, na fauna e na flora, nas artes. Também esteve presente o monarca francês Luís XIV, conhecido como o rei-sol.

Já o terceiro setor da agremiação passou pelo Sambão com a tarefa de mostrar que o sol nasce para todos. Com mais duas alas coreografadas, "Lamento sertanejo" e "Mocidade saúda vossa majestade o sol", a escola arrancou aplausos do público.

A segunda alegoria da agremiação, "O sol vai nascer para cada um de nós?", veio com duas propostas. A primeira mostrava um dia de praia, com o sol brilhando, já a parte traseira fez referência às desigualdades sociais.

A Velha Guarda da Mocidade da Praia, trazendo na bagagem tantos dias vividos sob sol, representava o aprendizado ao longo da vida. Encerrando a passagem pela avenida, a ala Amigos da Mocidade fechou o desfile.