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Feijoada e samba para falar da Consciência Negra
Publicada em 30/11/2022, às 12h25 | Atualizada em 30/11/2022, às 12h33
Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes
Com uma programação regada a música, dança e culinária, o Centro de Referência da Pessoa com Deficiência (CRPD), equipamento da Secretaria de Assistência Social de Vitória (Semas) celebrou, na manhã da terça-feira (29), o mês da Consciência Negra. O evento reuniu aproximadamente 80 pessoas, entre usuários, suas famílias e a equipe técnica, na sede do CRPD, que fica no bairro Segurança do Lar.
A programação contou com apresentações artísticas desenvolvidas pelos educadores sociais do CRPD, Jorge Mayko e James Araujo, roda de samba e a deliciosa feijoada.
Além das apresentações, um whorkshop ministrado por Silvana Santus, que é historiadora, gerente de projetos na Multinacional Moore e consultora independente de programas de Diversidade e Inclusão em ambientes corporativos, proporcionou momentos de aprendizado e reflexão aos presentes.
Para a secretária de Assistência Social, Cintya Shulz, proporcionar debates e ações de conscientização nos espaços da Assistência Social de Vitória é reforçar o compromisso com a promoção da igualdade e, principalmente, para uma sociedade antirracista.
Alegria
Para a dona de casa Maria Imaculada Paulo Dias, mãe de João Pedro Dias, de 29 anos, que participa das atividades do CRPD, o convite para o evento trouxe muita alegria. "Gosto muito de estar aqui, das atividades que eles promovem. E ele gosta muito", falou Imaculada, contando que o filho tem Síndrome de Down e duas vezes na semana participa de atividades no espaço.
Era visível,também, a alegria, expectativa e animação da dona de casa Maria José Dornelas, mãe de Victor Fabiano Dornelas, de 29 anos, para assistir as apresentações dos colegas do filho. "A equipe do CRPD é muito criativa. Eu admiro o trabalho deles. Sou assídua aqui. Meu filho não falta as atividades. Ele gosta muito e eu também", disse Maria José.
Maria José contou que o filho está dentro do espectro autista e tem um retardo mental . "Desde que começou a frequentar aqui (CRPD) ele está muito mais sociável. Ele interage mais. Cumprimenta todo mundo", falou, abrindo um grande sorriso no rosto.
A usuária dos serviços do CRPD Suzana Santana Costa, de 38 anos, era só animação e a mais falante entre os amigos. Ela caminhava de um lado para outro do salão para cumprimentar os amigos. "Nem sempre a família pode participar, então quando estão aqui é muito legal", comentou ela, que tem deficiência mental moderada.
Suzana disse que estava animada por ver os amigos. "É bom estar todo mundo junto. Aqui, é como se fosse minha segunda casa. Tenho muitos amigos. Gosto muito deles. É bom ter contato com eles", afirmou.
Tia e curadora de Suzana, a funcionária pública Zilma Santana da Costa, disse que, como a sobrinha, ela também gosta muito das atividades promovidas pela equipe do espaço. "Gosto porque ela visita museus, faz passeios e volta muito feliz. Sobre o evento sobre consciência negra é importante tanto para os usuários quanto para as famílias".
A gerente de Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Cristina Silva disse que, para os serviços, esse é o tempo de refletir e propagar sobre o direito que cada um tem de ser o que é e, como é. "Cada de nós precisa, deve e tem o direito de convivência social respeitosa e harmoniosa", enfatizou.