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Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil de Vitória comemora 15 anos

Publicada em 05/10/2022, às 16h00 | Atualizada em 05/10/2022, às 16h04

Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


  • Saúde e bem-estar
  • Paz, justiça e instituições eficazes

Leonardo Silveira
Comemoração de 15 anos do CAPSI
Leonardo Silveira
Comemoração de 15 anos do CAPSI

Teve música, pula-pula, pipoca e desfile de fantasias. O pátio do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil de Vitória (Caps I) estava colorido e cheio de alegria na sexta-feira (30), quando usuários e profissionais comemoraram 15 anos de funcionamento do serviço.

A diretora do Caps I, Silvia Ávila Lobo Rodrigues, celebrou o momento ressaltando a importância do serviço para a população de Vitória "É com muita felicidade que comemoramos 15 anos de dedicação, cuidado, promoção e, principalmente, acolhimento, a marca do Caps. Temos desafios, mas a energia que existe aqui é muito boa. Os profissionais são extremamente dedicados, a equipe é muito acolhedora, tanto entre si quanto com nosso público", define.

Uma das famílias que prestigiaram o evento foi a da Erivalda de Almeida, 59 anos, moradora de Maria Ortiz, mãe de Arthur, 10 anos, e Cauã,9 anos, sendo o mais novo atendido pelo Caps I, desde 2017. "Percebi uma evolução muito grande no Cauã, em relação ao aprendizado, ao comportamento. É muito bom ver a evolução dele", conta.

O encontro também contou com a presença de ex funcionários que atuaram no início do Caps infantil, como a pediatra Térsia Marques de Oliveira, que atendeu no espaço desde 2007, primeiro ano do serviço, até 2021. "Quando começamos, tínhamos a expectativa de realizar um trabalho novo, mudando totalmente o atendimento a esse público, voltado para socializar, incluir as crianças, em vez de recolhê-las. O Caps me fez sentir que atendia de forma mais integral esse público. Todos foram tocados por dispositivos que o Caps proporcionam. Foi uma experiência incrível trabalhar no Caps, com saúde mental. Saímos levando muita coisa e deixando muito coisa também" declara.

Quem também prestigiou o evento foi o psiquiatra Rui Perini, que atuou no Caps de 2007 a 2019. Para ele é nítida a melhora para a saúde dos pacientes. "O Caps é fruto da reforma psiquiátrica no Brasil de trabalhar com preconceitos e rejeições. O Caps é um centro de vivência que propicia muito a integração da pessoa que apresenta um transtorno em tratamento, mas sem a afastar do convívio social. Isso faz toda a diferença no tratamento de qualquer pessoa", afirma.

A assistente social Célia Fontes, que trabalhou no Caps infantil de 2019 a 202, declarou que sua passagem pelo serviço a mudou profissionalmente e pessoalmente. Hoje ela coordena um coletivo na comunidade, voltado para ampliação do cuidado com a arte, livros, leitura, mediação e empreendedorismo. "Quando cheguei aqui, fui atravessada pelas dores dos adolescentes e de suas mães. E ao unir literatura com cuidado, eu descobri a Arte como estratégia", explica.

"Ao sair do Caps I criei o coletivo 'Acalme', no território onde realizamos saraus, batalhas de poesias (slams) e assim muitos jovens aprendem a se conhecer melhor, se cuidar melhor, ressignificam suas vidas. Porque a vida é isso, feita de tudo, de sofrimento, mas também de alegrias e potências, e isso foi o Caps I me fez perceber", complementou.

Serviço

O Caps I funciona de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas, com oferta de diferentes modalidades de tratamento para crianças e adolescentes, dependendo das necessidades de cada uma.

A assistência às crianças e adolescentes é realizada por uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais especializados em diversas áreas da saúde e que prestam atendimento integrado.

Atualmente 664 crianças são atendidas pelo serviço.

Como acessar

O acesso aos serviços do Caps I é realizado, preferencialmente, por meio de encaminhamento das unidades de saúde de todas as regiões de Vitória. Por isso, antes de procurar o Centro, a criança ou adolescente pode ser avaliado por profissionais da unidade de saúde de referência, mas também pode ser procurado diretamente.

Escolas, Conselhos Tutelares e quaisquer outras instituições que trabalhem com crianças e adolescentes podem solicitar a avaliação de casos. Os encaminhamentos da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), com referência diagnóstica e orientações de tratamento realizadas por uma equipe especializada, serão acolhidos diretamente pelo Caps I.

Aniversário do Caps I

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