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Ação de controle retira caramujos africanos da orla de Camburi

Publicada em 11/12/2017, às 18h24

Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi

Com a colaboração de Milene Miguel


Elizabeth Nader
Coleta de caramujos africanos na Ilha do Frade
Controle de caramujos africanos é feito de forma permanente pela equipe do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental

A equipe do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA) fez uma ação para retirar caramujos africanos na orla de Camburi neste último domingo (10).

Segundo a bióloga e coordenadora do CVSA, Clara Scarpati, a equipe monitora essa região sempre que chove. "Pela nossa experiência, sempre que chove muito, acontece uma infestação de caramujos em Camburi. Por isso, realizamos uma vistoria na orla, constatamos o problema e realizamos o controle dos caramujos".

Clara ressaltou que qualquer cidadão pode solicitar o serviço do CVSA para controlar caramujos por meio do Fala Vitória 156. Apenas neste ano, o centro já recebeu 176 solicitações com esse objetivo.

Controle de caramujos africanos

O caramujo africano (Achatina fulica) é uma espécie de molusco terrestre tropical que pode causar sérios danos ambientais. Foi introduzido no País no final da década de 1980, importado ilegalmente do leste e nordeste africanos, trazido como um substituto mais rentável do escargot. Como não possui predador natural no Brasil, tornou-se uma praga no País.

Os caramujos africanos têm uma vida média de cinco anos e podem colocar até 400 ovos a cada postura, a qual pode ocorrer até cinco vezes ao ano, o que ocasiona grandes infestações, especialmente após períodos de chuva, em que apresentam maior atividade.

Esses moluscos são responsáveis pela transmissão de duas doenças, uma delas a meningite eosinofílica, causada pelo verme Angiostrongylus cantonensis, e a angiostrangilíase abdominal, que é causada pelo parasito Angiostrongylus costaricensis e muitas vezes é assintomática.

A população também pode colaborar para reduzir a população desses animais com medidas simples, tais como:

  • manter o jardim, quintal e áreas verdes limpos e capinados, descartando resto de obra, entulho, pedras e acúmulo de material orgânico (capim, folhas e galhos), pois são esconderijos ideais para os moluscos;
  • não lançar os caramujos em terrenos baldios, na rua ou diretamente no lixo, o que proporcionará um incremento na proliferação dessa praga urbana em outros locais;
  • não esmagar os caramujos no local, o que promove exposição, apodrecimento de sua carne e acúmulo de moscas, baratas e roedores com consequente produção de odor.

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