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Alunos do Circuito Cultural fazem apresentações na caminhada contra a violência

Publicada em 22/05/2013, às 13h23

Por Anderson Chagas, com edição de Matheus Thebaldi

Com a colaboração de Bartolomeu Freitas


Divulgação Semc
Alunos do Circuito Cultural
Alunos farão apresentações de danças urbanas e break para os participantes da caminhada

Cerca de 40 alunos das oficinas de Danças Urbanas, Break, Teatro de Bonecos e Balé do Circuito Cultural farão intervenções artísticas neste domingo (26) na praia de Camburi. As apresentações serão realizadas durante a concentração para a Caminhada de Enfrentamento à Violência, ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, a partir das 8 horas, no píer de Iemanjá.

As crianças e jovens que frequentam as oficinas do Circuito Cultural residem na Grande São Pedro e vivem em situação de vulnerabilidade. Cada grupo de alunos apresentará performances que aprenderam nas suas respectivas oficinas.

Para o secretário municipal de Cultura, Alexandre Lima, "a violência também se combate com arte e essas crianças e jovens, através da arte e da sensibilidade, darão a sua valiosa contribuição nessa luta, que deve ser permanente e de todos".

Segundo a coordenadora do Circuito Cultural, Lena Côgo, mesmo não sendo vítimas, as crianças e os jovens que frequentam o Espaço Multiuso do Circuito Cultural convivem muito de perto com a violência, o abuso e a exploração sexual. Para ela, a participação dos alunos nessa caminhada tem grande significado.

"Além de poderem levar a sua arte e sua alegria para a reflexão de um tema tão triste, elas ganharão mais consciência para o respeito ao outro, para sua própria defesa, e também para o seu despertar como cidadão e agente de denúncia desses crimes", disse Lena.

Caminhada

A caminhada é uma ação do Fórum Municipal de Enfrentamento à Violência, ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e parceiros. Toda a sociedade é convidada a participar.

Em 2012, os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) acompanharam 281 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes na capital. Desses, 192 vítimas eram meninas e 89, meninos. Neste ano, 44 novos casos foram atendidos pelos Creas: 31 meninas e 13 meninos.

Em 18 de maio de 1973, a menina capixaba Araceli Cabrera Crespo, de apenas oito anos, foi drogada, espancada, estuprada e morta por jovens da alta sociedade. O martírio de Araceli significou tanto que o dia 18 de maio, data em que ela desapareceu em Vitória, transformou-se no Dia Nacional de Combate ao Abuso, à Violência e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.


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