Notícias

Bienal do Mar desperta interesse de capixaba

Publicada em 22/12/2008, às 14h35 | Atualizada em 22/12/2008, às 18h10

Por Loureta Samora, com edição de Carlos Alberto Batista


Samira Gasparini
salão do mar
Artista Jo Name - [Atenção:Arte]
Samira Gasparini
salão do mar
Heraldo Ferreira - [Nós vemos a cidade como a cidade nos vê]

Até fevereiro de 2009, Vitória estará em destaque no mundo artístico e cultural. A Bienal do Mar, maior mostra competitiva de arte contemporânea do Espírito Santo, que movimentará a capital, em especial os arredores da Avenida Beira Mar, foi lançada oficialmente no último sábado (20) e poderá ser vista até o dia 5 de fevereiro.

Samira Gasparini
salão do mar
João Wesley e Sandro de Souza - [Ego trip pré-sal]
Samira Gasparini
salão do mar
Jo Name - [Atenção:Arte]

A abertura reuniu os artistas participantes e convidados na sede da Ação Educativa da Bienal, no prédio do Espaço Circuito Cultural, na Praça Ubaldo Ramalhete, no Centro de Vitória. O evento aconteceu em clima bastante descontração em que os convidados podiam conversar com os artistas, conhecer as obras propostas e verificar onde elas estão instaladas na cidade.

Presenças

A coordenadora da Casa Porto das Artes Plásticas, Maria Helena Lindenberg, destacou o caráter inovador da Bienal. O professor de Artes Plásticas e Pró-reitor de Extensão da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Aparecido José Cirilo, afirmou que Vitória conseguiu concretizar uma mostra bastante que traz a representação do conceito de arte pública, em que o cidadão passa a interagir com as peças, que extrapolam as galerias de arte.

O artista plástico e urbanista francês, Jean-Blaise Picheral, que participa da Bienal como convidado, fez questão de falar em português sobre sua obra e agradeceu a oportunidade de participar do evento. A secretária municipal de Cultura, Maria Helena Signorelli, juntamente com o prefeito João Coser, manifestaram a satisfação de ver as artes plásticas capixabas tão bem representadas num evento que se consolida em âmbito nacional.

Passeio

Após o lançamento da Bienal, uma visita monitorada levou convidados para percorrer o trajeto onde estão instaladas as obras. No caminho, os monitores explicavam as intervenções propostas pelos artistas e um pouco de sua trajetória. Já era possível ver que a população já demonstrava interesse pelas obras.

Em alguns pontos de ônibus da Avenida Beira Mar, as minibliliotecas, que compõem a obra Marí[n]timo, da artista Melina Almaa Sarnaglia, já estavam vazias. As placas do artista Jô Name, da obra Ateção: Arte, foram confundidas com novas sinalizações da Cidade.

Já o Caminho das Águas, de Piatan Lube, que demarcou na cidade a área ocupada pelo mar antes dos aterros, atraiu curiosos mesmo antes de estar pronta. O artista passou algumas noites pintando o chão de azul. Quem passava chegava a pensar que era um ato de vandalismo, assim como as pinturas do Folhetim Sereia, de Herbert Pablo Bastos.

Ação educativa

Ao longo do período de exposição da Bienal do Mar, o prédio do Espaço Circuito Cultural, na Praça Ubaldo Ramalhete, será o ponto de encontro de artistas, monitores e de pessoas interessadas em conhecer mais sobre as obras, os autores e a Bienal. Visitas monitoradas poderão ser agendadas pelo telefone 3132-8372.

Bienal

A Bienal do Mar, promovida pela Secretaria Municipal de Cultura, a partir da Casa Porto das Artes Plásticas, desde 1999, é a maior mostra competitiva de arte contemporânea do Espírito Santo. A partir da última edição, em 2006, ele passou a ser bienal e nacional, somando-se aos demais eventos da área realizados no Brasil e inscrevendo definitivamente a capital Vitória no mapa cultural do país.
Em 2008, algumas das modificações prenunciadas na edição anterior se concretizaram. Se já em 2006 o salão procurava o caminho provocativo das artes contemporâneas mais afinadas com o cenário cultural do Brasil e do mundo, em 2008 essa aposta tornou-se explícita.

As alterações conceituais foram expostas no edital de seleção. Doze projetos de intervenção urbana de caráter efêmero ou temporário foram escolhidos e premiados. São obras que dialogam com a complexidade, a dinâmica e a fluidez do espaço público e seus usuários. Trabalhos que, ao tramar essa rede entre cidade, arte e comunidade, participam da trama e da rede maior da contemporaneidade.
A imprevisibilidade caracteriza e impulsiona a aposta inicial dos organizadores da mostra. Pelo imprevisto, pela ousadia, temos certeza que traçamos um novo rumo, sem apontar caminhos prontos, para o Salão Bienal do Mar de Vitória.

 

Samira Gasparini
salão do mar
Melina Almada - [Mar(ntimo]
Samira Gasparini
salão do mar
Herbert Pablo - [Folhetim Sereia]

Voltar ao topo da página