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Mucane recebe evento afro de música e poesia: "Unir Versos Griot"
Publicada em 18/08/2017, às 07h00
Por Leo Vais, com edição de Matheus Thebaldi
Fomentar várias vertentes da cena cultural local, unindo música, poesia e dança, e dar visibilidade aos artistas afrodescendentes e da periferia. Essa é a proposta do "Unir Versos Griot", evento organizado pelo Núcleo Afro Odomodê, que acontece nesta próxima terça-feira (22), a partir das 19 horas, no Museu Capixaba do Negro “Veronica da Pas” (Mucane), no Centro.
A cada edição, vários artistas locais são convidados a apresentar seu trabalho. Esta edição conta com a participação de três mulheres: a mestre de cerimônia Brenda Kelves, a escritora Jaiara Dias e a DJ Zalui. Cada uma delas traz em seus trabalhos questões relacionadas ao empoderamento feminino e às vivências de mulher negra afrocentrada.
Além dos convidados, acontece a Batalha de Conhecimento, popularmente conhecida como “Dá o Papo”. A ideia é estimular a troca de conhecimentos entre o público, através do canto falado ou da rima, por meio de batidas instrumentais, acústicas ou capela.
Convidados
Brenda Kelves
Mulher, preta, jovem e poeta. Graduanda em História, é também facilitadora cultural, coordenadora da Batalha da Estação e do Batalhas da Vida, cofundadora do coletivo Griôs Periférico e organizadora do Nós por Nós.
Jaiara Dias
Mulher, preta, jovem e poeta. Graduanda em Ciências Sociais, lançou recentemente o livro “Vômitos de dor”, pela editora Poesia de Papelão Cartonera. Participou da Coletânea Afro-Tons de Expressões Artísticas de Mulheres Negras no Espírito Santo: De Zacimbas a Suelys.
Zalui
Influenciada pela música, a DJ começou a tocar em 2015. Com os ouvidos apurados para a cena groove e hip hop, suas principais referências são Gil Scott, De La Soul e Erykah Badu.
O que é Griot?
Griot é como são chamados, em alguns povos da África, os contadores de histórias. Possuem uma função especial que é a de narrar as tradições e os acontecimentos de um povo. O costume de sentar-se embaixo de árvores ou ao redor de fogueiras para ouvir as histórias e os cantos dura até hoje. Os Griots também são músicos e, muitas vezes, as narrativas são cantadas.