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Mística, sagrada e elemental: a água é o tema da Chegou o Que Faltava
Publicada em 17/02/2017, às 23h54 | Atualizada em 18/02/2017, às 00h03
Por SEGOV/SUB-COM (secomeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de SEGOV/SUB-COM
Com a colaboração de Maxuel Rodrigues
Os mistérios e as lendas da água foram o tema do desfile da Escola de Samba Chegou o Que Faltava, a segunda a desfilar no Sambão do Povo na noite desta sexta-feira (17), em Vitória.
A escola de Goiabeiras apresentou o enredo “Lendário das águas – místico, sagrado e elemental”, abordando o recurso em três vertentes: como elemento mítico e fonte de lendas e mistérios; nas religiões e, ainda, a importância da preservação.
A energia e o entusiasmo dos quase mil integrantes superou o incidente na hora do espetáculo: uma pane no gerador, que provocou o corte no som logo no início do desfile. O reparo foi feito e a escola completou o percurso de maneira emocionante.
Chegou o Que Faltava trouxe 16 alas e três carros alegóricos disposta a brigar pelo título e desfilar pelo Grupo Especial em 2018.
Alegoria
“A ideia foi falar sobre a água desde o seu aparecimento na Terra, abordando as lendas e mitos criados pelo homem. Abordamos o fato de água ser sagrada entre as religiões até enfim chegarmos à importância da preservação deste recurso, que está cada vez mais escasso. Espero que tenha agradado ao público. Estamos confiantes”, contou o carnavalesco Jorge Mayko.
O abre-alas teve como tema “O reino perdido de Atlântida”. Nos contos de Platão, Atlântida era uma potência naval que conquistou partes da Europa Ocidental e África. Mas, após uma tentativa fracassada de invadir Atenas, Atlântida afundou no oceano.
O segundo carro, intitulado “Do mar de Iemanjá às águas doces de Oxum: oferendas às Yabás”, representou o encontro das águas do rio com o mar, e a força dos orixás, que estão ligadas diretamente à água, para onde são levadas oferendas.
A terceira e última alegoria defendeu a preservação da água, e trouxe o ator e repórter David Brazil à frente do último carro alegórico, como muso.
Enredo
Mergulhei
Em belas águas pra buscar inspiração
É cristalina, obra divina
A força da transformação
O doce cantar da sereia
Revela mistérios
Perdidos no tempo
Lendas e a fúria de mares
As tempestades, mitologia
Refletem a beleza em seu encanto
Calmaria e acalanto,
Nascente de magia
Regenera, traz purificação
Lava minh´alma e meu coração
Água de cheiro, banho de fé
Dos orixás, o axé.
Um horizonte singro a desbravar
As ondas do mar que guardam riquezas
Nas águas da renovação
O homem em comunhão com a natureza
Vou me banhar em lagos, cachoeiras e cascatas
O rio deslizando entre as matas
Desagua um oceano de fascinação
Ouça o nosso grito de alerta
O mundo não espera, vamos preservar!
Meus filhos dessas águas vão provar!
Na fonte do samba, vou me banhar
Chuê, chuê, chuá, chuá
Chegou o que faltava de tantos carnavais
Essa fonte não seca jamais