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Conheça Emílio Francisco, personalidade que deu nome ao Cras Inhanguetá

Publicada em 09/04/2024, às 15h55 | Atualizada em 09/04/2024, às 16h45

Por Mariana Santos (mssilvaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


Foto Divulgação
Emílio Francisco, personalidade que deu nome ao Cras de Inhanguetá
Seu Emílio, como também era conhecido, foi um grande pescador e ensinou muito de suas habilidades na pesca para a população, além de mostrar como construir a rede para pegar os peixes. (ampliar)

O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) que atende aos moradores do território de Inhanguetá recebe o nome de "Emílio Francisco da Vitória", mas poucas pessoas sabem a origem da nomeação e a história por trás desta grande personalidade que foi homenageada. 

Seu Emílio, como também era conhecido, foi um grande pescador e ensinou muito de suas habilidades na pesca para a população, além de mostrar como construir a rede para pegar os peixes, um dos meios de sustento da época.

Emílio Francisco viveu durante 50 anos no bairro, grande parte de sua vida. Nascido em 1923, o emblemático residente de Inhanguetá faleceu no dia 25 de maio de 1992, com 69 anos. Ele é conhecido como o morador mais antigo do bairro.

Grande personalidade do local, Seu Emílio tornou-se personalidade marcante em Inhanguetá. Ajudou no deslocamento de pessoas para atendimento médico e realizou diversas ações para melhorar o bairro, mostrando a verdadeira empatia e amor ao próximo, com suas ações sempre em prol do benefício coletivo.

A filha de Emílio, Elisabeth Souza, mais conhecida como Beth, também moradora do bairro, contou como seu pai foi importante para a comunidade. "Ele era essencial, era muito bondoso e ajudava todos. Hoje tem uma rua e um beco com seu nome, mostrando os feitos que ele fez para a comunidade", iniciou ela.

"Meu pai era uma pessoa muito boa, ajudava todo mundo que estava no alcance dele. Ele tinha horta, tinha um plantio de banana, tinha muito coqueiro, as pessoas vinham, pediam, aí ele cedia. Vinha pessoas de muitos lugares como do Rio, Belo Horizonte, São Paulo, Cachoeiro para ir para os médicos, ele que levava porque conhecia tudo. E foi assim a vida dele, só ajudar os outros, sempre muito gentil com as pessoas", comentou Beth.

Seu Emílio era pescador e incentivou toda a família a trabalhar com frutos do mar. "Ele chegava às 2h da manhã e ia descarregar aquele monte de lenha para a gente carregar, trazer para casa, para ele lascar, botar para secar e vender. Ele pescava com meu irmão e nós íamos com a mãe tirar sururu, fomos criados tudo no mangue", relembrou a filha.

O morador também é lembrado por gostar muito de crianças, quando todo domingo chamava os pequenos para almoçar em sua casa. "Dia de domingo contavam umas 16 crianças só para almoçar. E quando faltava um, ele sentia falta, ia na casa perguntar o motivo. Ele era assim, muito brincalhão, gostava muito de contar anedota, caso da roça, coisa acontecida. Era muito alegre, pegava os filhos dos outros para criar. Muito bom de coração, o que ele pôde fazer, ele fez", concluiu.

A coordenadora do Cras, Danielle Merisio, falou sobre a importância de homenagear pessoas que contribuíram para a sociedade. "Lembrar dessas pessoas que possuem a história de como chegaram aqui, quem eram elas, como começaram a fazer o bairro crescer e trazer o serviço pra cá é importante. Essas pessoas vieram mudando para cá e aprendendo juntos a pesca, por exemplo, que é uma atividade aqui da Maré, fazer a rede de peixe, que foi um sustento para eles. Eu acho que isso é importante dentro do contexto do que é comunidade, que é essa união. Um ajudava o outro, levava as pessoas para o socorro médico. É essencial lembrar das pessoas e o que elas fizeram para que o bairro crescesse e chegasse ao que é hoje", disse ela.

Cras de Inhanguetá

O Cras Emílio Francisco da Vitória, do território de Inhanguetá, atende aos bairros Grande Vitória, Estrelinha, Bela Vista, Universitário e Inhanguetá. É um território que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, soma 16.226 munícipes.

Em média, no Cras, são realizados 270 atendimentos por mês. O serviço da Secretaria de Assistência Social de Vitória (Semas) oferece as seguintes contribuições:

  • Serviço de Proteção e Atendimento Integral à família (PAIF), que é um trabalho social com famílias, de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva das famílias, por meio de acolhida, atendimento particularizado, grupos e oficinas com famílias;
  • Inclusão ou atualização do Cadastro Único;
  • Concessão de benefícios eventuais (auxílio-natalidade, auxílio-funeral, etc) e benefícios de transferência de renda (Vix + Cidadania);
  • Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para adolescentes de 15 a 17 anos;
  • Pré-habilitação e encaminhamento para o INSS para o Benefício de Prestação Continuada;
  • Articulação com a rede inter e socioterritorial para a realização conjunta para as famílias.

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