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Cidade Educadora: Vitória troca experiências com outros municípios
Publicada em 12/04/2018, às 16h45 | Atualizada em 12/04/2018, às 16h49
Por Alexandre Lemos, com edição de Matheus Thebaldi

O VII Encontro Nacional de Cidades Educadoras aconteceu durante a última semana em Vitória, mas a troca de experiências entre as cidades continua. As práticas adotadas por Vitória que classificam a capital como "Cidade Educadora" surtiram efeito positivo entre os participantes. E as vivências compartilhadas pelos outros municípios foram exemplos importantes para a cidade.
Ao todo, 102 participantes do Brasil, Argentina e Portugal estiveram reunidos durante quatro dias. Eles vieram de 21 cidades de 11 estados diferentes. Todas as regiões brasileiras estavam representadas.
Durante o encontro, as discussões giraram em torno de contribuições para a construção da cidade como um espaço de convivência segura e sustentável, devendo o planejamento urbano pensar o município de maneira a privilegiar as pessoas.
A democratização das vias públicas e o estímulo à mobilidade ativa foram pontos principais que alinhavaram as discussões. Também se destacaram os debates sobre segurança pública, redução de violência no trânsito e enfrentamento à violência doméstica. Ações desses modelos, que contribuem para a coletividade e para a construção da cidadania, estão no âmbito das "Cidades Educadoras".
"Durante o encontro, pudemos perceber ainda mais que a educação não se resume à sala de aula. Trabalhamos para democratizar o acesso a todos os bens da cidade, para que cada um dos seus espaços seja fonte de educação e para que todas as pessoas possam viver, desfrutar e emancipar-se, aproveitando ao máximo as oportunidades que a cidade oferece", conta Alberto Frederico Salume, assessor técnico da Secretaria de Gestão, Planejamento e Comunicação (Seges).
Experiências

Algumas experiências de fora chamaram atenção de Vitória. A cidade de Montes Claros, de Minas Gerais, compartilhou como conseguiu envolver a comunidade e diferentes esferas de governo para analisar as informações sobre as violências no município tratando a informação e definindo intervenções.
Já Guarulhos, de São Paulo, apresentou o Programa Saúde na Escola (PSE), que visa à integração e à articulação permanente da Educação e da Saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida da população brasileira.
Curitiba compartilhou as experiências de bibliotecas e faróis do Saber, que são espaços entendidos como centro de recursos informacionais integrado ao planejamento pedagógico da escola e espaço-tempo para mediação e incentivo à leitura, suporte à pesquisa e à difusão cultural, envolvendo de forma integrada e sistematizada a literatura como elemento fundamental, articulando-a com diferentes linguagens artísticas.
Cidades Educadoras
Vitória é a sede nacional da Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE), que trabalha para que a educação seja o eixo transversal de todas as políticas locais, tomando consciência e reforçando o potencial educador das atuações e programas de saúde, meio ambiente, urbanismo, mobilidade, cultura e desporto.
No período de três anos, a contar de 2017, a capital irá organizar reuniões, conduzir trabalhos e expandir o número de cidades participantes. São cerca de 500 cidades no mundo ligadas à entidade. No Brasil, são apenas 14 cidades e, no Espírito Santo, apenas Vitória é uma cidade educadora, desde 2013.