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Carnaval: pacientes do Caps Ilha curtem folia e fazem até marchinha

Publicada em 09/02/2018, às 18h08

Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi


André Sobral
Carnaval Caps Ilha
Pacientes e servidores do Caps Ilha enfeitaram o espaço e celebraram a festa de Momo
André Sobral
Carnaval Caps Ilha
Regina aproveitou a festa e elogiou o atendimento no Caps: "Precisei da ajuda do Caps por causa de uma depressão profunda"

Com muita alegria, música e fantasias, pacientes e funcionários do Centro de Atenção Psicossocial da Ilha de Santa Maria (Caps Ilha) curtiram o Carnaval na tarde dessa sexta-feira (9). Além de cantar marchinhas carnavalescas conhecidas, a turma também ouviu a bateria da escola de samba Unidos da Piedade.

Regina Maria Martins, 58 anos, curtiu a festa e contou que o Caps transformou sua vida. "Eu precisei da ajuda do Caps por causa de uma depressão profunda. Era tão grave que eu vivia com medo de tudo, não saía de casa nem me alimentava direito. Hoje, eu participo do Centro Comunitário do meu bairro, ando pela cidade sozinha e até voltei a estudar na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Se hoje eu sou independente, devo tudo a Deus, ao meu filho e à minha família Caps".

A professora Fabiana Parreiras Galbelo, 31 anos, conheceu o Caps por causa da depressão. No local, ela descobriu a arteterapia e, apesar de não frequentar mais as oficinas do serviço, faz questão de manter contato com a equipe e os pacientes. "Aqui me senti muito bem, principalmente, porque pude ajudar outras pessoas e trocar experiências de vida. Sempre que posso participo dos eventos. Gosto de rever todos".

André Sobral
Carnaval Caps Ilha
Fabiana Parreiras Galbelo fez questão de ir ao Caps para rever a equipe e os amigos
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Jociane Penha da Silva explicou que as comemorações das festas populares fazem parte do tratamento dos pacientes

Reinserção

A diretora do Caps Ilha, Jociane Penha da Silva, explica que as comemorações das festas populares fazem parte do tratamento. O objetivo é promover a reinserção social da pessoa de forma autônoma e independente na família e na comunidade. "A manifestação cultural possui marcas simbólicas, permitindo que a sociedade entre no tratamento dessas pessoas. O envolvimento em manifestações culturais e festivas contribui muito para a estabilização da convivência familiar e comunitária".

Marchinha 

Segundo Jociane, toda a equipe do Caps trabalha as festas populares dentro de um processo no qual são apresentados símbolos da festa e seus significados. Neste ano, os pacientes fizeram máscaras de Carnaval, enfeites e escreveram uma marchinha de Carnaval.

 Toca a Bateria (paródia da música “A cabeleira do Zezé”)

Olha, eu quero dançar
Pular Carnaval com muita alegria.
Olha, eu quero dançar
Me divertir fazendo amizade.
Confete, Pierrot, Colombina
Bateria, festa, serpentina
Começa com a fantasia,termina com harmonia.
Toca a bateria!
Toca a bateria!
Toca a bateria!
Toca a bateria!

Serviço

O Centro de Atenção Psicossocial de Ilha de Santa Maria atende diariamente pacientes adultos com transtornos mentais com idade acima de 18 anos. A equipe é formada por médico psiquiatra, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeuta ocupacional, técnico esportivo, musicoterapeuta e arteterapeuta.

O Caps também desenvolve ações de visita/atendimento domiciliar, oficinas terapêuticas e de geração de renda, grupos de atendimentos individuais e familiares. Os principais objetivos são tratamento, reabilitação e reinserção social na sociedade dos pacientes, incluindo atenção aos familiares.

O Caps Ilha está localizado na rua José de carvalho, 404, na Ilha de santa Maria. Os telefones são: (27) 3132-5111 e 3132-5110 e o horário de atendimento é das 7 às 18 horas.

André Sobral
Carnaval Caps Ilha
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