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Maio Amarelo: idosos participam de ação sobre segurança no trânsito

Publicada em 10/05/2016, às 18h37

Por Patrícia Arruda, com edição de SEGOV/SUB-COM


Carlos Antolini
Maio Amarelo CCTI Centro
CCTI recebeu atividades da campanha Maio Amarelo nesta terça (10)
Carlos Antolini
Maio Amarelo CCTI Centro
Idosos participaram de uma roda de conversa sobre trânsito

Os idosos são, atualmente, as maiores vítimas de acidentes de trânsito. E com o objetivo de conscientizar essa parcela da população sobre os cuidados para um trânsito mais seguro, a equipe da campanha Maio Amarelo preparou uma programação especial para os frequentadores dos Centros de Convivência para a Terceira Idade (CCTI´s) da capital.

Nesta terça-feira (10), as atividades foram realizadas no CCTI do Centro, reunindo cerca de 70 pessoas. Na ocasião, os idosos participaram de uma roda de conversa sobre o tema e discutiram sobre as dificuldades que permeiam o dia a dia de quem precisa sair de casa.

A coordenadora do CCTI do Centro, Tarcila Rodrigues, destaca a importância da iniciativa. "É fundamental discutir com eles sobre educação no trânsito. A região do Centro tem uma grande concentração de pessoas idosas e apresenta um trânsito caótico. O que eles mais reclamam é que ficam assustados com a falta de responsabilidade e respeito do motorista com o idoso".

Nesta quarta-feira (11), será a vez do CCTI de Jardim da Penha receber as atividades do Maio Amarelo. Já os CCTI´s de Maria Ortiz e Jardim Camburi receberão as ações nos dias 17 e 31 de maio, respectivamente.

Dificuldades

A psicóloga do Núcleo de Atenção às Vítimas de Trânsito do Detran, Licia Zamprogno, destacou que, entre as principais causas dos acidentes, estão a falta de educação dos motoristas no trânsito, alta velocidade, desobediência dos pedestres às sinalizações de trânsito e as alterações fisiológicas dos idosos.

"Os idosas são as pessoas que mais sofrem, pois têm a questão da perda auditiva e de visão, além de uma dificuldade maior de locomoção, o que pode até resultar em quedas. Muitas vezes, o idoso não aceita as limitações motoras e atravessa fora da faixa, o que pode resultar em acidentes. Além disso, falta uma maior conscientização e mais respeito dos motoristas para um trânsito mais seguro", disse.

A aposentada Terezinha Firmino Alves, 70, é moradora do Centro há mais de 40 anos. Ela revela que já perdeu as contas de quantos acidentes presenciou no bairro. "Temos pontos que são impossíveis de atravessar. Já cansei de ver idoso sendo atropelado. Já presenciei muitos motoristas que não esperam o idoso terminar de atravessar porque o sinal abriu e ele não teve tempo de concluir a travessia. É um perigo sair de casa".

Para a aposentada Jane Nascimento Marinho, 64, a correria do dia a dia atrapalha a boa convivência no trânsito. "O trânsito está terrível. Está todo mundo sempre com pressa e atrasado. O idoso também precisa entender que tem suas limitações. Há semáforos, por exemplo, que o tempo é muito curto e dificulta a travessia. É preciso haver respeito de todos os lados. Afinal, todos chegaremos à velhice".


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