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Vitória adota medidas para evitar o desperdício de água

Publicada em 26/01/2015, às 15h01 | Atualizada em 29/01/2015, às 17h18

Por SEGOV/SUB-COM (secomeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi

Com a colaboração de Lívia Albernaz e Danielly Campos


Imagem divulgação
Vassoura hidráulica
Prefeitura quer evitar a prática da "vassoura hidráulica" para limpar as calçadas

A Prefeitura está elaborando uma minuta de lei que prevê ações educativas e até restritivas para quem desperdiçar água em Vitória.

O prefeito Luciano Rezende destacou que a intenção é conscientizar a população sobre o uso correto da água e evitar o desperdício. "Água tratada não deve ser usada para lavar calçadas e carros. As medidas que criam uma consciência sobre o problema da falta de água devem ser feitas, pois a água não é um bem infinito. A vassoura hidráulica não faz o menor sentido diante desse grave cenário de escassez de água que bate à porta de todo o Brasil", frisou.

Quando pronto, o projeto de lei será encaminhado para a Câmara Municipal para ser votado pelos vereadores. Para tratar do problema da falta de água e também de outros assuntos, como combate à poluição do ar, esgoto, uso de energia e arborização, foi criado o Gabinete de Gestão Integrada Ambiental.

Nele, importantes ações serão discutidas, como a mudança de PDU, valorização de captação de água de chuva e da água de reuso. A primeira reunião do grupo está marcada para o dia 5 de fevereiro.

"A ideia é seguir o mesmo modelo de sucesso do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança Pública. Durante o período de um mês, representantes de órgãos estaduais, federais e toda a Prefeitura, levam tarefas relacionadas à segurança pública e, depois, fazemos uma grande reunião vendo os pontos que avançamos", explicou o prefeito.

Luciano Rezende explanou como funcionará o Gabinete de Gestão Integrada Ambiental: "As questões relacionadas ao meio ambiente se tornaram uma agenda absolutamente importante e emergencial. Nele, nós vamos focar os pontos principais: água, mananciais, abastecimento de água e captação de água de chuva. A água de chuva não pode ser problema, ela é a solução. Outra questão importante é o pó preto, que se agravou muito nos últimos meses e, por isso, temos que discutir com os órgãos ambientais, Ministério Público e empresas para que possamos melhorar a qualidade de controle das emissões, principalmente, nos complexos industriais da Grande Vitória, que são as principais fontes emissoras do pó preto".

A energia limpa também será discutida no gabinete. "Nós vamos discutir protocolos de produção de energia domiciliar para jogar na rede pública para que a pessoa tenha abatimento da conta de energia quando ela produzir energia limpa, principalmente energia solar, que é um caminho que está mais adiantado".

Antecipação

Arquivo PMV
Rio Santa Maria
Vitória é abastecida por apenas dois mananciais: os rios Santa Maria (foto) e Jucu

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Cleber Guerra, a medida é uma antecipação para evitar desperdícios e comprometimentos futuros de abastecimento, como vive atualmente a Grande São Paulo.

"A ideia é criar um instrumento de conscientização da população para usar esse recurso natural da maneira correta. Vitória é abastecida por apenas dois mananciais: os rios Santa Maria e Jucu. Precisamos ter um uso consciente de água. Não queremos aplicar multas indiscriminadamente. Mas desejamos que a população colabore evitando o desperdício. O uso de vassouras hidráulicas (quando o morador usa água com pressão para retirar sujeira da rua) é um dos vilões. Precisamos mudar comportamentos para não chegarmos a situações como à de São Paulo", disse.

Em paralelo, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) estuda a recuperação das fontes naturais do território de Vitória, como a Fonte Grande e Gruta da Onça. "Temos o Fonte Viva, um projeto de revitalização desses espaços para aumentar as fontes de suprimento da cidade com água de qualidade".

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