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Manhã de autógrafos e emoção no lançamento do livro "Meu Grito", no Centro-Pop
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Por Edlamara Conti (econtieira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Josué de Oliveira
Um livro fininho, de leitura rápida, mas nada supeficial. "Meu Grito" é o primeiro do poeta Roberto dos Reis, foi lançado na manhã desta quinta-feira (21). Em 44 páginas, ele descreve experiências dos anos em que viveu pelas ruas de Vitória, expressa gratidão e fé e ainda dedica duas páginas a reflexões rápidas, frases que traduzem o que pensa sobre crack e dependência química.
Um esforço coletivo e solidário possibilitou a concretização do livro: as poesias foram escritas e incentivadas durante os dias e atividades no Centro de Referência Especializado de Assistência Social para População de Rua (Centro-Pop) e na Escola da Vida. Os recursos para impressão foram obtidos pelos voluntários do projeto Sou Diferente e a Faculdade de Direito de Vitória (FDV) possibilitou a catalogação no International Standard Book Number (ISBN), o sistema internacional de identificação numérica de livros.
O lançamento integrou a confraternização "Uma Natal Para Todos", no Centro-Pop. "Roberto sonhou e o sonho virou realidade. Queremos que todas as pessoas em situação de rua vejam esse exemplo, sonhem e que seus sonhos sejam realizados", disse Gilsilene Passon, voluntária do projeto Sou Diferente. Para a voluntária Ângela Roncete, todas as poesias emocionam e fazem pensar. "O livro foi nosso grande presente de Natal", disse.
No lançamento, Roberto declamou uma poesia do livro e outra inédita, de agradecimento às pessoas que se envolveram na realização do livro, como os voluntários do projeto. E concluiu, poeticamente: "Que não apenas hoje seja um dia especial, mas em todo o seu viver se derrame o Espírito do Natal".
Escola da Vida
Atualmente, Roberto está em fase de superação da situação de rua, abrigado na Hospedagem Noturna. Para ele, a rede Escola da Vida, integrada por vários equipamentos da Política Municipal de Assistência Social, prestou todo apoio para ele reconstruir seu projeto de vida. "As equipes do Centro-Pop e da Escola da Vida conseguem mostrar horizontes, estimulam a gente a ver saídas para uma vida melhor, que eu não consegui ver sozinho", contou.