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Surpresas e superação na carreira do atleta Vanderlei Cordeiro de Lima

Publicada em 25/04/2012, às 13h31

Por Janete Carvalho, com edição de Deyvison Longui

Com a colaboração de Comunicação da CEF


Foto Divulgação
Maratonista Vandelei Cordeiro de Lima
Vanderlei Cordeiro de Lima foi o principal protagonista dos Jogos de Atenas

O padrinho da Maratoninha da Caixa Econômica Federal dest ano, Vanderlei Cordeiro de Lima, teve surpresas e superação em sua carreira de atleta. Em 1994, aos 25 anos, por exemplo, fez sua estreia na maratona e provocou um fato inusitado: entrou para correr apenas metade da prova, na cidade francesa de Reims, mas, “sentia-se tão bem”, que resolveu continuar. Resultado: venceu a corrida.
 
Uma década depois, foi o principal protagonista dos Jogos de Atenas, em 2004. E não foi por pouca coisa. Liderava a prova, com ampla vantagem, quando, na altura do km 37, foi derrubado por um manifestante irlandês. Apesar dos prejuízos físicos e emocionais, voltou à prova e ainda conquistou a medalha de bronze para o Brasil. Por sua atitude, tornou-se o terceiro nome da história a receber a Medalha Pierre de Coubertin, do Comitê Olímpico Internacional.
 
Na volta ao Brasil, mereceu recepção de herói. Dividiu o palanque com o presidente Lula, após abrir o desfile da Independência, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em 7 de setembro. Da Confederação Brasileira de Atletismo e dos patrocinadores recebeu os prêmios destinados aos campeões. Foi homenageado em vários países.
 
O livro "A maratona de uma vida", escrito por Renata Adrião D’Angelo, retrata a saga do corredor nascido em Cruzeiro D’Oeste, no Paraná, em 11 de agosto de 1969. Disputou o Pan de 2007, no Rio de Janeiro, e no ano passado, aos 38 anos, deixou oficialmente as competições. Na festa dos 90 anos da Confederação Sul-Americana de Atletismo, em Manaus, ganhou a comenda “Gran Atleta”.
 
Assim, o fundista, que começou no esporte no fim dos anos 80, levou sua carreira a alturas inimagináveis, para o filho de uma família de lavradores do interior paranaense. O primeiro resultado importante aconteceu já em 1988, quando foi o 8º nos 10.000 metros, no Mundial Juvenil de Sudbury, no Canadá.
 
Atleta versátil conseguiu bons resultados em provas de pista e de rua. Em sua especialidade, a maratona, seu recorde pessoal é 2:08:31, obtida em 1998, em Tóquio. Também é seu o melhor resultado na distância alcançado em território nacional: 2:11:19, em 1992, em São Paulo.
 
Treinado por Ricardo D’ Angelo desde 1994, conquistou o bicampeonato pan-americano da maratona, em Winnipeg (1999) e Santo Domingo (2003). Ganhou prata no Mundial de Ekiden, em Copenhague (1996), e bronze na Copa do Mundo de Maratona, em Atenas (1997).
 
Agora, aos 39 anos, casado e com duas filhas, promete continuar no atletismo, desenvolvendo trabalhos no Instituto que leva seu nome e que tem sede em Campinas. Integra a Comissão de Atletas da CBAt, eleito pela Assembléia Geral, e o Programa Heróis Olímpicos, mantido pela Confederação, com patrocínio da Caixa Econômica Federal.


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