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Plano de Metas: Saúde cria plano de enfrentamento da sífilis congênita

Publicada em 10/10/2018, às 18h12

Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi


Imagem divulgação
Exame de sífilis
Testes rápidos de sífilis podem ser realizados nas unidades de saúde

No Plano de Metas 2018–2020, a Prefeitura de Vitória e a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) estipularam que os casos de sífilis congênita devem ser reduzidos. Em 2016, foram registrados 64 casos da doença, que é passada da mãe para filho. O documento define que esse número caia para, no máximo, 47 casos em dois anos.

Vitória criou o Plano de Enfrentamento da Sífilis para orientar as intervenções que vêm sendo realizadas na capital, de forma a reduzir tanto os casos de sífilis congênita como também os casos de sífilis adquirida. 

O município também investe na capacitação dos servidores, realizando, apenas no segundo semestre deste ano, 15 oficinas para profissionais de diversas áreas da saúde.

Ao todo, 365 profissionais de nível superior, como médicos, enfermeiros e farmacêuticos, e 270 profissionais de nível médio e fundamental, como auxiliares e técnicos de enfermagem, de laboratório e agentes comunitários de saúde, já passaram pela capacitação.

Queda

O índice de sífilis em Vitória caiu 30% em 2017 em relação ao ano anterior. "Compreendemos que cada um que faz parte de nossa rede, nessa grande mobilização institucional, é produtor de boas práticas, indutor e articulador para enfrentamento desse desafio de redução da sífilis congênita", disse a gerente de Vigilância em Saúde, Arlete Frank Dutra.

Sífilis

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que desenvolve lesões na pele, nos ossos e nas articulações, podendo causar aneurisma, meningite e paralisia geral.

A sífilis congênita (passada da mãe para o bebê) pode causar aborto, prematuridade e baixo peso de nascimento, deformações ósseas, articulares e neurológicas, surdez e dificuldade de aprendizado.

Dados do Ministério da Saúde revelam que os casos de sífilis adquirida em relações sexuais sem proteção saltaram de 1.249 em 2010 para 65.878 em 2015, um aumento de 5.000%.

Prevenção

A Secretaria Municipal de Saúde oferta preservativos (camisinhas) masculinos e femininos em todas as unidades como método eficaz para prevenção às infecções sexualmente transmissíveis, como Aids, alguns tipos de hepatites e sífilis, além de evitar uma gravidez não planejada.

Durante a gestação, o casal com diagnóstico de sífilis ou HIV deve usar a camisinha para não transmitir essas doenças para o bebê.

Por ano, são realizados, em média, 55 mil testes de sífilis nos laboratórios e 9 mil testes rápidos nas unidades de saúde.


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