Notícias

Coronavírus: Creas realiza quase 2 mil atendimentos no período de isolamento

Publicada em 27/05/2020, às 15h10 | Atualizada em 27/05/2020, às 20h34

Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi


  • Saúde e bem-estar
  • Igualdade de gênero

Divulgação Semas
Trabalho do Creas na pandemia
Servidoras do Serviço Especializado de Atendimento Domiciliar saem para visitas (ampliar)

Para acompanhar as famílias que sofrem violação de direitos durante a pandemia do coronavírus, os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) mantiveram o atendimento remoto aos usuários e as visitas domiciliares emergenciais perante agendamento prévio.

De 18 de março a 27 de maio, foram realizados 1.779 atendimentos:

  • 851 do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi);
  • 475 atendimentos a adolescentes em conflito com a lei;
  • 453 atendimentos do Serviço Especializado de Atendimento Domiciliar (Sead)

Foram realizadas 164 consultas processuais de situações dos munícipes acompanhados. A equipe do Creas fez 1.025 estudos de caso com a rede intersetorial e com o sistema de garantia de direitos.

Público

Quem mais buscou os serviços do Creas foram os adultos na faixa etária de 30 a 59 anos, à frente de adolescentes/jovens e dos idosos. As violações que mais comparecem são negligência ou abandono por familiares, agressão verbal ou ameaça, violência financeira, conflito familiar, agressões físicas e trabalho infantil.

"Mantivemos os encaminhamentos do nosso público-alvo para inserção nos serviços socioassistenciais na pespectiva de garantir os direitos e superação de violações. Estamos funcionando de segunda a sexta-feira, das 9 às 15 horas. Mas estamos seguindo todos os protocolos de prevenção e combate ao coronavírus", disse a coordenadora dos Creas, Fabiola Calazans.

Visita

Nesta última terça-feira (26), a terapeuta ocupacional Gabriela Queiroz Vieira Neves e a assistente social Viviane Maria Pessoa, do Creas Maruípe, fizeram dois trabalhos de visitas domiciliares. Gabriela contou como foram os atendimentos:

"Desde o início da pandemia da Covid-19, a equipe Sead tem realizado diversas tentativas de contato com essas famílias, mas não obtivemos êxito. Dessa forma, avaliamos ser pertinente a realização do atendimento domiciliar, tendo em vista serem pessoas classificadas como grupo de risco - idosa e pessoa com deficiência -, além de suas comorbidades de saúde e situação de vulnerabilidade social em que já se encontravam. Importante frisar ainda que ambos circulam muito pelo território, antes mesmo desse período. Desse modo, entendemos que a família precisa ser orientada e atendida para, juntos, buscarmos estratégias a fim de garantir a proteção social dos indivíduos e suas famílias", contou Gabriela.

Ela ainda ponderou quais procedimentos foram adotados nesses dois casos específicos: "A equipe avaliou ser necessário levar para uma munícipe atividades que já eram desempenhadas por ela com as técnicas do Creas. São atividades que são dentro de seu interesse e habilidade, tais como manuais, visando, assim, enriquecer o seu repertório ocupacional. Para a outra pessoa, que é um idoso com deficiência, a equipe realizará os encaminhamentos necessários junto à rede socioassistencial e aos sistemas de garantia de direitos".

Situação de rua

Nesse período, o Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) realizou 208 abordagens a pessoas em situação de rua.

"O Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) trabalha em regime de escala e realiza o monitoramento dos territórios da cidade. Atuamos onde estão as maiores concentrações de população em situação de rua, em dias e turnos pré-definidos, dando prioridade a solicitações internas, bem como àquelas vindas dos chamados de 156, especialmente aqueles realizados pelos próprios usuários", explicou a coordenadora do Serviço Especializado em Abordagem Social, Luciana Gatti Constantino.

"Estamos seguindo as orientações do Ministério da Saúde, e todos os atendimentos estão sendo feitos mediante agendamento. Além de estarmos seguindo todos os protocolos, todos os servidores usam máscaras e seguem as orientações no local sobre higienização e respeito ao distanciamento de um atendimento para o outro. Nossos ambientes estão sempre arejados e limpos também", explica a gerente de Proteção Social Especial de Média Complexidade da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), Marcileia Xavier Soares.

Como procurar

Centro de Referência Especializado da Assistência Social - Região Bento Ferreira
Avenida Carlos Moreira Lima, 445, Bento Ferreira. Telefones: 3132-1719 / 3223-2331

Centro de Referência Especializado da Assistência Social - Região Centro
Rua Aristides Freire, 36, Centro. Telefone: 3132-8065

Centro de Referência Especializado da Assistência Social - Região Maruípe
Rua Dom Pedro I, 43, Maruípe. Telefone: 3233-3420.


Voltar ao topo da página