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Albergue para Migrantes da capital já atendeu quase 500 pessoas na pandemia
Publicada em 21/05/2020, às 10h19
Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi
O Albergue para Migrantes, que é um equipamento da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), fez o atendimento de 462 pessoas adultas em situação de vulnerabilidade social que estão passando por Vitória durante a pandemia do novo coronavírus, entre o início de março até o dia 18 de maio.
O espaço mantém os atendimentos durante a pandemia do coronavírus e adota os cuidados com os assistidos para evitar a contaminação. São pessoas que chegam de municípios capixabas, como Colatina, Linhares e São Mateus, e até de outros estados, como Bahia, Minas Gerais e São Paulo. No albergue, ganham higienização e alimentação.
A maioria dos usuários que frequentam o equipamento chega porque quebrou o vínculo familiar, está em busca de emprego ou tratamento de saúde ou deseja tirar documentação oficial, além de procurar passagem para retornar à cidade de origem.
Roda de conversa
Os usuários do Albergue para Migrantes ainda contam com atividades lúdicas e interação, como rodas de conversa para orientar quanto à higienização das mãos e prevenção contra o coronavírus. Outro tema que é trabalhado nos encontros é o preconceito.
"Realizamos rodas de conversa e, às vezes, atendimento individual. Outra atividade é o bingo. Nas conversas, conseguimos abordar temáticas sobre família, uso de substâncias psicoativas, alcoolismo, algumas perdas e idas e vindas deles. Isso cria vínculos de confiança e aproximação com os usuários", explicou a psicóloga do Albergue para Migrantes, Maria Salete Felipe Caldeira.
Atendimentos
"O objetivo do Albergue para Migrantes é atender a pessoa que esteja de passagem pelo município, garantindo, assim, higienização e alimentação. Além disso, é um lugar para dormir temporariamente. Quando o usuário está à procura de trabalho, o abrigamos durante sete dias. Assim que consegue o emprego, damos um prazo para ele conseguir alugar uma quitinete e depois ajudamos durante o primeiro mês, dando uma cesta básica. Para tirar alguma documentação, damos um prazo de sete dias. Quando deseja voltar para sua cidade, garantimos a sua passagem", disse a coordenadora do Albergue para Migrantes, Marinez Rocha Lopes Ribeiro.