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Ação 'Dialogando com as diversidades' aborda violência contra mulheres negras

Publicada em 02/03/2021, às 17h53

Por SEGOV/SUB-COM (secomeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi

Com a colaboração de Brunella França


  • Igualdade de gênero
  • Redução das desigualdades

Divulgação Seme
Projeto "Diálogos com as Diversidades" da EJA
Projeto na EJA possibilita a aproximação entre estudantes e suas comunidades (foto tirada antes da pandemia)

Oficinas realizadas com estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Vitória abordam a questão racial quando tratam do tema da violência contra a mulher

A cada quatro mulheres assassinadas no País, três são negras. A cada cinco vítimas de feminicídio (quando mulheres são mortas por serem mulheres), três são negras.

Os dados do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontam, ainda, que mulheres negras lideram as estatísticas de vítimas de lesão corporal em decorrência de violência doméstica e casos de estupro.

Diante desse contexto, a Secretaria de Educação de Vitória (Seme) realiza a ação "Dialogando com as Diversidades", voltada para os estudantes da EJA. Atualmente, são 1.808 matriculados na rede municipal de ensino.

O objetivo é abrir o debate com os estudantes para realização de rodas de conversa, relacionando as temáticas da prevenção à violência contra a mulher com suas próprias práticas cotidianas.

Pertencimento

Segundo a coordenadora da comissão de Educação em Direitos Humanos da Seme, Heloisa Ivone de Carvalho, esse projeto possibilitou a aproximação entre estudantes e suas comunidades, além do estabelecimento de parceria com vários grupos, coletivos e professores.

"Historicamente, são as mulheres negras que mais sofrem os diversos tipos de violências, por isso esse projeto contribui significativamente para que as mulheres, jovens, adultas e idosas, conheçam as histórias, memórias e culturas de mulheres africanas, afrobrasileiras e indígenas. São espaços/tempos de protagonismo, que trazem narrativas sobre lutas que mulheres negras enfrentam no seu cotidiano, seja na escola, no trabalho ou até mesmo na família, sendo impactadas de forma dupla pelo preconceito de gênero e de raça", destacou Heloisa.


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