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Projovem de Maruípe inicia oficina de literatura de cordel
Publicada em 02/09/2019, às 12h40 | Atualizada em 02/09/2019, às 13h37
Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi
Em uma manhã lúdica, o Projovem do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Claudionor Lopes Pereira (região Maruípe) deu início à oficina de literatura de cordel para jovens de 13 a 17 anos de idade, na manhã desta segunda-feira (2).
A literatura de cordel teve início no século 18 e também é conhecida como poesia popular, sendo popularizada por meio dos repentistas ou violeiros por resgatar e valorizar a cultura.
O texto é produzido com rimas e com uma linguagem coloquial para a musicalidade nos versos. Os cordéis tratam de temáticas do cotidiano, episódios históricos, lendas, religiosos, costumes, identidades e particulares de cada comunidade e pessoa.
A ideia da oficina nasceu no Cras de São Pedro, que funciona no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU).
"Estou muito motivada com essa atividade, pois sei que posso conhecer muito do meu território. Assim pretendo conhecer pessoas e lugares novos. Vou olhar com mais atenção tudo à minha volta", disse Tauana Pereira, 15 anos.
Diálago
"Acho que a atividade vai ser bem interessante. Por ser tímido, gostei, principalmente, da questão do diálogo que tivemos aqui hoje. Talvez isso me ajude um pouco. Vai trazer um incentivo a mais para a leitura", comentou Gabriel da Silva, 14.
Mudança
"O Projovem, aliado à Terapia Ocupacional, busca o protagonismo e a independência desses jovens. Cada vez que colocamos eles para criar e inventar, estamos trabalhando com novas vertentes. Buscamos estimular os jovens a conquistar essa autonomia. Fazemos eles se tornarem sujeitos políticos e atores sociais, de forma que sejam capazes de provocar mudança na sociedade em que vivem", reforçou a estagiária de Terapia Ocupacional Jaliane Ferreira Cruz.
Particularidade
"A proposta da literatura de cordel no Projovem é atrelada ao território de Maruípe, fazendo com que eles criem e produzam a partir das informações que vão reproduzir das vivências da comunidade ou da particularidade de alguma pessoa que more aqui há mais tempo. Isso incentiva a leitura e um olhar sensível, e eles passam a refletir cada particularidade desse local", explicou o educador social do Projovem, Kleber Rodrigues Marins.