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Agentes de saúde vão ajudar a identificar pessoas para o Vitória Alfabetizada

Publicada em 30/04/2014, às 17h40

Por Carmem Tristão, com edição de SEGOV/SUB-COM

Com a colaboração de Janaína Zambelli e Marco Faria


Elizabeth Nader
Secretária Adriana Sperandio em reunião com agentes de saúde na ETSUS
Secretária de Educação, Adriana Sperandio, passa orientações para os agentes comunitários de saúde sobre o projeto Vitória Alfabetizada

"Deves olhar não somente para as pessoas, mas também dentro delas". A frase é do Lorde Chesterfield, político e escritor inglês, e foi proferida originalmente em 1773. Hoje, 241 anos depois, define fielmente os momentos e experiências que vão começar a viver os agentes comunitários de saúde e de combate a endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Semus).

Acostumados a atuar na promoção da saúde, na prevenção de doenças e no controle de mosquitos, eles agora têm a oportunidade também de mudar a visão de mundo do cidadão, ao identificar, durante as visitas, o adulto que ainda não sabe ler e escrever e indicá-lo para participar do projeto Vitória Alfabetizada.

Os encontros para informação, orientação e mobilização aconteceram nestas terça (29) e quarta (30) e contaram com a participação de cerca de 700 servidores da saúde na Escola Técnica e de Formação Profissional de Saúde (Etsus-Vitória).

Abordagem

"O Vitória Alfabetizada é um programa da cidade. A mobilização de parceiros internos de administração pública e da sociedade civil irá garantir o sucesso dessa iniciativa. Os agentes comunitários de saúde são fundamentais para a abordagem de identificação e mobilização dos moradores da cidade que ainda não sabem ler e escrever. A alfabetização é um indicador de qualidade de vida, logo, de saúde da população", pontuou a secretária municipal de Educação de Vitória, Adriana Sperandio.

"A importância da integração das secretarias é grande, uma vez que temos como objetivo o crescimento da cidade e o aumento do número de adultos alfabetizados. Solidariedade não se faz sozinha, portanto, a junção da Saúde e da Educação é mais um ganho para os cidadãos da capital. Identificar e sensibilizar aqueles que têm resistência a entrar no projeto são, agora, desafios que serão desempenhados pelos agentes comunitários de saúde. A meta é a melhoria da qualidade de vida dos moradores, trazendo novos sonhos e desejos e a oportunidade de poder ler e escrever por conta própria", disse a secretária municipal de Saúde, Daysi Koehler Behning.

Exemplos 

Elizabeth Nader
Secretária Adriana Sperandio em reunião com agentes de saúde na ETSUS
Encontros aconteceram na Escola Técnica e de Formação Profissional de Saúde

"Participar desse novo desafio me traz muitas lembranças. Com 17 anos, fui professora do Movimento de Educação de Base e auxiliei, dentro da minha própria casa, grupos de pessoas que não sabiam ler e escrever. Estou muito animada por ter a possibilidade de viver isso de novo, e farei o possível para trazer o máximo de pessoas para participar do Vitória Alfabetizada e mudar a triste realidade de quem ainda não se apropriou da leitura e da escrita. É muito gratificante fazer parte de uma mudança desse nível na vida de uma pessoa", disse a assistente social Regina Célia Gama Soares.

"Me chamou a atenção o fato de que tenho um exemplo bem perto de mim. Minha mãe começou a estudar aos 65 anos na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Maria Stella de Novaes e, devido a uma artrose no joelho, não conseguiu concluir. Porém, ela está tão motivada e decidida a aprender a ler e escrever que sempre que possível vai às aulas. Em uma outra situação, identifiquei grande potencial profissional em uma paciente que recusou a oportunidade de cursar uma qualificação porque não sabia ler e escrever. São histórias assim que me motivam a interagir e divulgar o projeto, ingressando o máximo de pessoas para aprenderem a ler e escrever para que essas possam mudar suas vidas e ser mais independentes", comentou a assistente social Alzira do Valle Silva Boa.


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