Prefeitura de Vitória

O direito à alfabetização está diretamente ligado ao direito à educação. É um instrumento essencial para o desenvolvimento pessoal, social, econômico e político do cidadão. Assim, a Prefeitura de Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Seme), lançará nesta quarta-feira (17) o Programa Vitória Alfabetizada.

O objetivo é garantir a universalização da alfabetização até 2016 de cerca de quatro mil jovens e adultos moradores da capital prioritariamente na faixa etária produtiva, com idade entre 15 e 59 anos.

Microcrédito

O diferencial do programa em Vitória está relacionado à integração de políticas públicas em que, além de assegurar a alfabetização, o público beneficiado terá oportunidade de, em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo, Trabalho e Geração de Renda e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), frequentar as aulas do curso Empreendedorismo e Associativismo.

Em seguida, o participante poderá ter acesso ao microcrédito, complementando o ciclo que emancipa o adulto para a condição de cidadania plena, com capacidade de alcançar sua independência e dignidade.

Aulas nos bairros

As conversas com lideranças identificaram que a maioria dos alunos em potencial tem resistência à sala de aula. Com o objetivo de transformar o processo de alfabetização em uma realidade, os encontros poderão acontecer em espaços próximos ao aluno, como igrejas, associações de moradores ou centros comunitários, onde podem encontrar seus pares.

Desta forma, empresas e entidades interessadas em firmar parceria com a Prefeitura de Vitória no Programa Vitória Alfabetizada podem entrar em contato com a Seme e oferecer local para realização das aulas e também auxiliar no cadastramento de estudantes, ao identificar na sua coletividade pessoas que ainda não sabem ler e escrever.

Aprendizagem

"A alfabetização é uma habilidade fundamental e um pré-requisito para a aprendizagem contínua em nosso ambiente cada vez mais letrado. Nos dias de hoje, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever, tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas contemporâneas. É preciso ser capaz de não apenas decodificar sons e letras, mas entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos", afirmou a secretária municipal de Educação, Adriana Sperandio.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o Espírito Santo possui 119.027 pessoas com idade entre 15 e 59 anos que ainda não sabem ler e escrever. Destes, 3.936, ou 3,3% do total, estão em Vitória. A pesquisa revela ainda que na capital são 2.162 mulheres analfabetas, contra 1.774 homens. Os maiores índices de analfabetismo são verificados na região de Maruípe e São Pedro.