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Mulheres negras participam de palestra sobre desafios da saúde em sessão solene

Publicada em 23/07/2014, às 10h47 | Atualizada em 23/07/2014, às 15h10

Por Angela Angius, com edição de SEGOV/SUB-COM


Imagem internet
Orfeu Negro
Dia da Mulher Afro-Americana e Caribenha marca a luta das mulheres pela igualdade racial

Em comemoração ao Dia da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha, servidores da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) participarão de uma sessão solene na Câmara Municipal, nesta quinta-feira (24), às 19 horas. Com a apresentação da palestra "Mulheres Negras: Racismo Institucional e Desafios da Saúde", pretende-se discutir a identidade da mulher negra nos espaços institucionais.

A médica fitoterapeuta e homeopata Henriqueta Sacramento, que conduzirá a palestra, explica que essa data se tornou um marco internacional de luta e da resistência das mulheres negras. O objetivo é tornar visíveis o racismo, a discriminação, o preconceito, a pobreza e os demais problemas que essas mulheres herdaram na sociedade.

"É uma forma de parar e refletir sobre os problemas que as mulheres negras enfrentam durante sua vida diariamente", afirmou a médica.

Segundo Henriqueta Sacramento, a chegada das mulheres africanas marcou a formação social brasileira. "Elas trouxeram tradições ancestrais que influenciaram a língua, os costumes, a alimentação, a medicina e a arte, além de introduzirem métodos agrícolas, vários produtos e valores coletivos no Brasil".

Homenagens

Na sessão solene, serão homenageadas mulheres negras que se destacam na sociedade capixaba, como empregadas domésticas, catadoras de material reciclável, paneleiras, marisqueiras, entre outras. Entre elas, estará a paneleira de Goiabeiras Eonete Alves Correa, 62 anos. Com mais de 30 anos no ofício, dona Eonete é filha, neta e bisneta de paneleiras.

Além disso, haverá uma homenagem póstuma a Valcenir Patrício, primeira presidente do Sindicato das Empregadas Domésticas de Vitória e ex-gerente de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, tendo em vista o aniversário de dois anos de falecimento da liderança negra.

A necessidade de discutir as especificidades das mulheres negras originou o 1º Encontro de Mulheres Latinoamericanas e Caribenhas em 1992, em São Domingo, na República Dominicana, que definiu o dia 25 de julho como o Dia Internacional das Mulheres Negras. Nessa data, também foi instituído o Dia Municipal da Mulher Negra, que determina a realização de campanhas para conscientização pela valorização da mulher negra nos órgãos públicos municipais.


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