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Emoção toma conta de atores e público no Auto da Paixão em Santo Antônio

Publicada em 19/04/2014, às 10h57 | Atualizada em 19/04/2014, às 11h20

Por Janete Carvalho, com edição de Matheus Thebaldi


André Sobral
Auto da Paixão de Cristo
Ressurreição de Jesus Cristo é o ponto alto da encenação do Auto da Paixão de Cristo na Basílica de Santo Antônio
André Sobral
Auto da Paixão de Cristo
Cena mostra João Batista batizando Jesus no Rio Jordão

Emoção, demonstração de fé e muitos aplausos marcaram o espetáculo Auto da Paixão de Cristo encenado na escadaria da Basílica de Santo Antônio, na noite da Sexta-Feira da Paixão (18), com o patrocínio da Prefeitura de Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc) e da Lei Rubem Braga. O lugar se transformou com as cenas cinematográficas que contaram a história de Jesus Cristo, desde seu nascimento, crescimento e sua vida adulta até os 33 anos, quando foi crucificado.

O espetáculo durou 1h20 e os moradores se ajeitaram como puderam para acompanhar ao ar livre. A via dolorosa com as cenas em que Jesus carrega uma cruz e depois é crucificado mexeram com a emoção de todos. O ponto alto foi a ressurreição de Cristo no final, quando ele apareceu no ponto mais alto da Basílica e um show pirotécnico acompanhou a cena tendo ao fundo hinos de glória. 

Jesus foi interpretado pelo ator Luiz Galvão, 31 anos, que desde os 20 é o ator principal. "Faço Jesus há 11 anos, mas sempre é como se fosse a primeira vez", disse o ator enquanto se preparava para colocar a peruca preta para compor o personagem. Morador do bairro Santo Antônio, esse empresário do ramo de eventos conta que sente uma emoção muito forte com o sofrimento de Jesus na cruz. "O ponto alto que me faz chorar é a ressurreição", destaca.

André Sobral
Auto da Paixão de Cristo
Ator Luiz Galvão começa a preparação para se transformar em Jesus Cristo
André Sobral
Auto da Paixão de Cristo
Luiz coloca a peruca e se prepara para entrar em cena e emocionar o público interpretando Jesus

Comunidade

A preparação de cerca de 150 pessoas da comunidade para a apresentação foi feita pela diretora Márcia Gáudio. O ator que interpreta Lázaro, Wilberth Santa Rosa, 14 anos, é um coroinha da igreja Santo Antônio, mas mora na Vila Rubim. Ele também fica emocionado quando participa da encenação e disse que isso estimula sua fé em Deus. 

O público, estimado em 5 mil pessoas, acompanhou 32 cenas, desde a abertura com o anúncio do anjo a Maria, passando pela vida de Jesus Cristo, sua paixão, morte e ressurreição.  Do início ao fim, o público ficou envolvido pela peça e as residências em frente à Basílica de Santo Antônio ficam lotadas para assistir ao espetáculo.

Fraternidade

Antes da peça, a Basílica preparou para o público uma representação da mensagem deste ano da Campanha da Fraternidade, "Fraternidade e tráfico humano", e foi trabalhada com uma coreografia na abertura. 

Equipe

Sonoros hinos embalaram o espetáculo. O maestro Cláudio Modesto foi o regente do coral, formado por integrantes da comunidade e da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com participação do músico Marcelo Trancoso. A cantora Denise Pontes interpretou a "Ave Maria" em ritmo popular. No meio da peça, foi a vez de Thiago Pessanha, que cantou a "Ave Maria" de Schumann. Ambos foram muito aplaudidos e emocionaram com suas performances musicais. 

Entre os artistas que participaram do Auto da Paixão, estavam Markus Konká e Deia Carpanedo. Os irmãos Kyosky apresentaram um número circense muito interessante com labaredas de fogo. As coreografias foram de Gil Mendes e a iluminação, de Overlan Marques, com produção de Míriam Gonçalves. Houve apresentação do Auto da Paixão de Cristo também no parque Pedra da Cebola. 

André Sobral
Auto da Paixão de Cristo
Ator que interpreta Lázaro, Wilberth Santa Rosa diz que a encanação estimula a sua fé
André Sobral
Auto da Paixão de Cristo
Auto da Paixão contou toda a história de Jesus Cristo e emocionou o público

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