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Emoção toma conta de atores e público no Auto da Paixão em Santo Antônio
Publicada em 19/04/2014, às 10h57 | Atualizada em 19/04/2014, às 11h20
Por Janete Carvalho, com edição de Matheus Thebaldi
Emoção, demonstração de fé e muitos aplausos marcaram o espetáculo Auto da Paixão de Cristo encenado na escadaria da Basílica de Santo Antônio, na noite da Sexta-Feira da Paixão (18), com o patrocínio da Prefeitura de Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc) e da Lei Rubem Braga. O lugar se transformou com as cenas cinematográficas que contaram a história de Jesus Cristo, desde seu nascimento, crescimento e sua vida adulta até os 33 anos, quando foi crucificado.
O espetáculo durou 1h20 e os moradores se ajeitaram como puderam para acompanhar ao ar livre. A via dolorosa com as cenas em que Jesus carrega uma cruz e depois é crucificado mexeram com a emoção de todos. O ponto alto foi a ressurreição de Cristo no final, quando ele apareceu no ponto mais alto da Basílica e um show pirotécnico acompanhou a cena tendo ao fundo hinos de glória.
Jesus foi interpretado pelo ator Luiz Galvão, 31 anos, que desde os 20 é o ator principal. "Faço Jesus há 11 anos, mas sempre é como se fosse a primeira vez", disse o ator enquanto se preparava para colocar a peruca preta para compor o personagem. Morador do bairro Santo Antônio, esse empresário do ramo de eventos conta que sente uma emoção muito forte com o sofrimento de Jesus na cruz. "O ponto alto que me faz chorar é a ressurreição", destaca.
Comunidade
A preparação de cerca de 150 pessoas da comunidade para a apresentação foi feita pela diretora Márcia Gáudio. O ator que interpreta Lázaro, Wilberth Santa Rosa, 14 anos, é um coroinha da igreja Santo Antônio, mas mora na Vila Rubim. Ele também fica emocionado quando participa da encenação e disse que isso estimula sua fé em Deus.
O público, estimado em 5 mil pessoas, acompanhou 32 cenas, desde a abertura com o anúncio do anjo a Maria, passando pela vida de Jesus Cristo, sua paixão, morte e ressurreição. Do início ao fim, o público ficou envolvido pela peça e as residências em frente à Basílica de Santo Antônio ficam lotadas para assistir ao espetáculo.
Fraternidade
Antes da peça, a Basílica preparou para o público uma representação da mensagem deste ano da Campanha da Fraternidade, "Fraternidade e tráfico humano", e foi trabalhada com uma coreografia na abertura.
Equipe
Sonoros hinos embalaram o espetáculo. O maestro Cláudio Modesto foi o regente do coral, formado por integrantes da comunidade e da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com participação do músico Marcelo Trancoso. A cantora Denise Pontes interpretou a "Ave Maria" em ritmo popular. No meio da peça, foi a vez de Thiago Pessanha, que cantou a "Ave Maria" de Schumann. Ambos foram muito aplaudidos e emocionaram com suas performances musicais.
Entre os artistas que participaram do Auto da Paixão, estavam Markus Konká e Deia Carpanedo. Os irmãos Kyosky apresentaram um número circense muito interessante com labaredas de fogo. As coreografias foram de Gil Mendes e a iluminação, de Overlan Marques, com produção de Míriam Gonçalves. Houve apresentação do Auto da Paixão de Cristo também no parque Pedra da Cebola.