Prefeitura de Vitória

Capacitar 100% dos agentes comunitários de saúde de todo o país e um auxiliar-técnico de Enfermagem de cada equipe da Estratégia de Saúde da Família na temática "saúde mental", com ênfase em crack, álcool e outras drogas. Esse é o objetivo do projeto "Caminhos do Cuidado", cujo lançamento no Estado aconteceu na manhã desta terça-feira (15), no auditório da Prefeitura de Vitória.

O evento contou com a participação da coordenadora executiva do programa, Edelves Vieira Rodrigues, e do representante do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (Deges) do Ministério da Saúde, Marco Aurélio de Rezende, entre outros convidados.

A secretária municipal de Saúde, Dayse Behning, falou da importância do envolvimento de todos no projeto e mencionou os vários caminhos possíveis para os cuidados em saúde mental. "Os caminhos para enfrentar a questão do crack, do álcool e outras drogas são diversos. Uns vão encontrar na assistência social, outros na unidade de saúde, outros nos Caps ou ainda na visita do agente comunitário. É isso que esse curso vai potencializar, para que possamos discutir e construir caminhos novos ou reforçar caminhos já existentes".

Já Edelves Rodrigues iniciou sua fala citando uma fala do psicanalista Antonio Lancetti: "Uma atenção básica sem saúde mental é um programa sem alma". Depois, ela explicou: "O que a gente quer trazer, não só para a atenção básica, mas para toda a rede de atenção, seja a nível hospitalar ou ambulatorial, é que a saúde mental seja vista, sentida e que a gente possa ter um lugar de escuta e de acolhimento para as pessoas que sofrem. Esse é o nosso desafio e o Caminhos do Cuidado dá uma grande contribuição para isso".

Formação

No Espírito Santo, o projeto, que é uma parceria entre o Ministério da Saúde, a Fiocruz e o Grupo Hospitalar Conceição, será executado pela Escola Técnica e Formação Profissional de Saúde (Etsus-Vitória).

A formação fortalecerá as práticas de cuidado em saúde mental na atenção primária, tendo como referência a política de saúde mental e a rede de atenção psicossocial. A base do curso é a política do Ministério da Saúde de atenção integral e o cuidado com as pessoas que fazem o uso prejudicial de drogas, norteados pela redução de danos aos usuários.

A meta nacional é capacitar 290 mil trabalhadores. Já a meta estadual é formar 5.850 profissionais até o final deste ano. Na capital, serão formados 442 profissionais até dezembro de 2014.