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Projeto Ruas ouve, acolhe e acompanha pessoas em situação de rua na capital

Publicada em 30/07/2021, às 16h19 | Atualizada em 30/07/2021, às 16h36

Por Andreza Lopes (aclopeseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de SEGOV/SUB-COM


  • Redução das desigualdades

Divulgação Semas
Projeto Ruas para pessoas em situação de rua
Pessoas em situação de rua participaram de uma roda de conversa do projeto no Creas Bento Ferreira (ampliar)
Divulgação Semas
Projeto Ruas para pessoas em situação de rua
Encontro teve como tema "Arraiá do empoderamento", no qual puderam relatar suas histórias e vivências (ampliar)

Não adianta falar delas, porém não escutá-las! Sob essa ótica, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), por meio do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), realizou, na noite desta última quinta-feira (29), mais uma edição do projeto "Ruas", destinado a ouvir e acolher pessoas em situação de rua.

O encontro, que teve como tema "Arraiá do empoderamento", foi carregado de afeto e atenção, no Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) Bento Ferreira. Por meio da escuta ativa, os técnicos conhecem os relatos desses indivíduos, o que permite entender o histórico social de cada um e o que os levou às ruas.

Luiz Roberto Salarini Wigand, psicólogo do Seas, explica que o projeto surgiu a partir da identificação da necessidade de ouvir as pessoas em situação de rua. "Essa metodologia é fruto dos anos de experiência, não só minha, mas de outros colegas que atuam na equipe de abordagem. Ao longo do tempo, temos verificado a dificuldade dessa população de lidar com os sentimentos", conta ele.

"O projeto 'Ruas' é um importante momento de escuta e aproximação e cria vínculos entre as equipes da Semas e a população em situação de rua. Quanto mais próximos estivermos da realidade das pessoas, mais efetivos são os encaminhamentos e o plano individual de atendimento", explica a secretária de Assistência Soical de Vitória, Cintia Schulz.

Acolhimento e diálogo

O objetivo é oferecer acolhimento, estimulando o diálogo, de forma reflexiva, sobre o cotidiano de vida dessas pessoas, e a partir daí iniciar um acompanhamento.

Como ele é realizado durante a noite, ao serem abordadas, por vezes, estão dormindo, sozinhas ou sob o efeito de substâncias psicoativas, o que as deixam fragilizadas e em busca de desabafar sobre seus conflitos, angástias e anseios.

Para a realização dos encontros, que se dão como rodas de conversa, são utilizadas ferramentas culturais, educativas e esportivas, abordando a questão do autocuidado, iniciando uma tentativa de resgate dos vínculos familiares.

"Queremos trabalhar a questão do olhar do outro sobre eles e a forma como eles se veem. Eles se sentem motivados sendo ouvidos, e podemos trabalhar os sentimentos que trazem dando significado e, assim, construir resiliência junto deles, para superação do problema que os levou à situação de rua", afirma Luiz Roberto.

Rede

Para as pessoas que aceitam acompanhamento, são feitos encaminhamentos às redes socioassistencial e de atenção psicossocial do município. A Semas dispõe de vários equipamentos para atendê-las, como Abrigo, Hospedagem noturna, Casa Lar para pessoas com transtorno mental, Albergue para migrantes e Serviço de Acolhimento Emergencial Transitório.

Eles recebem, também, atendimentos relacionados a questões assistenciais, como documentação, cidadania, alimentação, higienização, acolhimento e saúde.

Havendo necessidade, os encaminhamentos, também, são feitos para o Consultório na Rua, da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), que realiza atendimentos e cuidados básicos de saúde, específicos para pessoas em situação de rua. Eles são feitos em seus locais de permanência pelas equipes itinerantes da Semus.

Divulgação Semas
Projeto Ruas para pessoas em situação de rua
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