Prefeitura de Vitória

O Espírito Santo vai ganhar sua Casa do Folclore. No dia 11 de setembro, às 16h, uma solenidade marca a entrega da Casa do Folclore Hermógenes Lima Fonseca pela Prefeitura Municipal de Vitória à Comissão Espírito-Santense de Folclore (CESF). A partir de então, a construção será sede da CESF.

Serão cinco atrações folclóricas comemorando a abertura do espaço: uma banda de Congo de Serra; Grupo Reis e Bois de Povoação (Linhares); banda Pomerana de Santa Leopoldina; Grupo Reis do Oriente (Folia de Reis de Muqui); e banda de Congo Amores da Lua (Vitória).

A Casa Hermógenes Lima Fonseca é um centro cultural voltado às tradições populares do Estado. No local, haverá exposição de objetos relacionados a manifestações folclóricas, como máscaras e tambores de Congo, além de acervo de vídeos e livros sobre o folclore nacional e local.

O lugar será aberto à visitação para estudantes, pesquisadores, turistas e pessoas interessadas em folcore, de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h. O endereço é rua Professor Arnold, 67, bairro Nazaré.

"A inauguração da Casa do Folclore é um marco para o Espírito Santo e, especialmente, para a cidade de Vitória, já que a cessão do prédio e a restauração foram feitas pela Prefeitura. Essa ação mostra a preocupação dessa administração em preservar o patrimônio imaterial riquíssimo da nossa cultura popular", destaca o secretário municipal de Cultura, Alcione Pinheiro.

Quem foi Hermógenes

Hermógenes Lima Fonseca nasceu em Conceição da Barra, em dia 12 de dezembro de 1916, e faleceu em 1996. Contador, folclorista, jornalista e político, realizou todos os seus estudos em Vitória. Formou-se contador pela Escola Superior de Comércio de Vitória. Folclorista, foi um incansável pesquisador da cultura capixaba e brasileira.

Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo; da Comissão Espírito-santense de Folclore, na qual ocupou praticamente todos os cargos de diretoria; atuou como membro do Conselho Regional de Contabilidade, do qual também foi presidente; e como sindicalista que participou da organização do Movimento Unificado dos Trabalhadores (MUT). Como jornalista foi colaborador, entre outros, dos jornais "A Gazeta" e "A Tribuna", além de diretor do jornal "Folha Capixaba".

Autor de muitos livros, sua contribuição literária e intelectual para o conhecimento do folclore de Vitória e do Espírito Santo é fundamental no conhecimento, valorização e preservação do patrimônio imaterial capixaba.

Seu modo de escrever refletia a visão das camadas sociais e étnicas responsáveis pela manifestação popular em pauta, do ponto de vista do brincante que ele também era. Hermógenes foi provavelmente o único intelectual capixaba de origem absolutamente popular e simboliza em suas histórias pessoais e seus trabalhos o Espírito Santo.