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Semus faz controle de caramujos africanos e dá orientações à população

Publicada em 21/03/2018, às 12h56

Por Milene Miguel, com edição de Matheus Thebaldi


Divulgação Semus
Controle de caramujos africanos
Equipe do CVSA faz o controle de caramujos africanos em várias regiões da cidade

Devido às chuvas e ao calor dos últimos dias, é comum aparecerem caramujos africanos no meio ambiente, pois eles são resistentes ao frio e à seca e saem para se alimentar e reproduzir à noite, durante ou logo após o período chuvoso.

Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), através do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA), está trabalhando no controle desses moluscos, atendendo a demandas e orientando a população.

Desde o início do ano, o CVSA faz a captura manual de caramujos africanos em alguns bairros da cidade. O órgão ressalta que esse animal não é venenoso e não ataca as pessoas. Segundo o diretor do CVSA, Rogério Almeida, o molusco é mais um problema ambiental do que de saúde.

"Ele pode atacar a flora nativa, causando prejuízos à diversidade biológica. No entanto, por ser um potencial reservatório de duas verminoses, a recomendação é catar os animais sempre com as mãos protegidas, com luvas ou sacolas plásticas. Vale ressaltar que não temos registro de casos de pessoas que tenham desenvolvido doenças em razão do caramujo na capital", disse.

Sobre a espécie

André Luiz Silva Sobral
Caça ao caramujo
Recomendação do CVSA é coletar esses moluscos sempre com as mãos protegidas, com luvas ou sacolas plásticas

O caramujo africano (Achatina fulica) é uma espécie de molusco terrestre tropical. É uma das 100 piores espécies mais invasoras do mundo, causando sérios danos ambientais. Foi introduzido no país no final da década de 1980, importado ilegalmente do leste e nordeste africanos, trazido como um substituto mais rentável do escargot.

Os caramujos africanos colocam até 500 ovos por ano e têm uma vida média de 5 anos. "Entre as contribuições para a proliferação dos caramujos, estão a ausência de predadores naturais e a alta taxa reprodutiva que eles possuem", explicou Rogério.

Cuidados

O CVSA dá algumas orientações à população: 

  • não ingerir caramujos;
  • lavar sempre frutas e verduras com água e vinagre (1 colher de sopa de vinagre para 1 litro de água);
  • não tocar sem proteção nos caramujos africanos;
  • lavar as mãos com água e sabão, caso haja algum contato com o caramujo;
  • não transportar e não jogar os caramujos africanos vivos em terrenos baldios, ruas, matas e restingas.

Controle

É necessário fazer a coleta de forma manual, utilizando luvas de borracha ou sacolas plásticas nas mãos e queimá-los logo em seguida, verificando posteriormente se todos estão mortos. "O caramujo precisa ser queimado ou destruído por completo, principalmente, as conchas, pois elas servem de reservatório para proliferação de mosquitos. Para a queima, é necessário utilizar latas ou tonéis", orientou o diretor.

A queima deve ser feita por um adulto com extremo cuidado, longe de crianças, se possível com orientação do CVSA. Há na Mata Atlântica diversas espécies nativas, mas somente o caramujo africano deverá ser coletado. Veja a diferença.


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