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Profissionais da Semas refletem ações para pessoas superarem as drogas

Publicada em 21/05/2019, às 14h11 | Atualizada em 21/05/2019, às 22h30

Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi


Paula M. Bourguignon
O sujeito e as drogas
Profissionais da Assistência Social debateram formas de livrar as pessoas da dependência química

Com o objetivo de incentivar e avançar na reflexão sobre a dependência química, profissionais da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) participaram da roda de conversa "O sujeito e as drogas", na manhã desta terça-feira (21), na Biblioteca Pública Estadual, na Praia do Suá.

Assistentes sociais e psicólogas da Escola da Vida e do Consultório na Rua, coordenação do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da Praia do Suá e Fundação Beneficente Praia do Canto participaram do encontro. A ação faz parte do projeto "Escola da Vida Convida".

Houve reflexão sobre a questão do usuário enquanto sujeito, quais são os tipos de dependência química, como escutar o usuário e quais são os desafios para superar essa situação.

"O texto 'Paixões e químicas', da psicóloga e psicanalista Sandra Djambolakdjian Torossian, retrata nossa realidade e o que estamos vivendo com o nosso público. Percebemos isso nos nossos usuários, que dizem querer parar e precisar parar, mas, muitas das vezes, a dependência química não permite. Isso é o efeito da droga neles", disse a assistente social Carla Lauer, que atua na Escola da Vida.

Superação

"A proposta é trazer um pouco da compreensão sobre o universo das drogas e como os profissionais e usuários lidam com isso. Às vezes, a droga é só um anestésico em alguns momentos da vida. Quanto mais a pessoa em situação de rua tiver esses laços afetivos e vínculos fortalecidos, mais tem a possibilidade de superar essa situação", explicou a coordenadora da Escola da Vida, Marli de Faro.

Redução de danos

"Estamos tentando pensar o que há por trás do uso da droga? Qual é o perfil do usuário? Por que ele permanece na rua e não consegue refazer seus vínculos? Por isso, estamos discutindo toda essa subjetividade. Quais são as reinvenções que podem ser colocadas para uma coletividade. Pensamos também na proposta de redução de danos, com um novo olhar sobre esse indivíduo", disse Marcela Serrat, que é psicóloga do Caps I da Serra.

Soluções

"O projeto 'Escola da Vida Convida' traz reflexões e debates sobre essa questão da dependência química. A primeira temática, 'O sujeito e as drogas', está muito presente e nos inquieta bastante. Como a droga ocupa o lugar na vida da pessoa? Como isso interfere no seu cotidiano e em suas relações pessoais e profissionais? Queremos pensar soluções com outros profissionais e especialistas para essas problemáticas", ponderou Luis Melo, gerente da Escola da Vida.


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