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Prefeitura aumenta mobilização contra a pesca ilegal

Publicada em 06/06/2017, às 21h24

Por SEGOV/SUB-COM (secomeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de SEGOV/SUB-COM

Com a colaboração de Jaldecy Pereira


Jaldecy Pereira
grupo de fiscalização de pesca
Encontro na sala de reuniões do gabinete do prefeito Luciano Rezende criou grupo que irá ajudar no combate à pesca predatória em Vitória

Em mais uma ação que marca a Semana do Meio Ambiente, a Prefeitura de Vitória reuniu, na manhã desta terça-feira (6), profissionais ligados ao tema “vida marinha” e decidiu criar um grupo que poderá fazer denúncias em caso de agressão ao meio ambiente. O grupo, além de se reunir periodicamente, vai atuar, neste primeiro momento, no aplicativo WhatsApp como uma espécie de sentinela, aumentando, assim, a mobilização contra a pesca ilegal na cidade.

"A pesca ilegal é um ato de agressão a todos nós, em todos os sentidos: primeiro, que esgota as reservas extraordinárias de peixes e crustáceos que temos nos manguezais da baía de Vitória; segundo, que é um ato de crueldade, já que muitos animais que não são aproveitados são mortos por instrumentos como a rede de malha fina e outros", disse o prefeito de Vitória, Luciano Rezende.

Segundo Luciano, esse grupo tem uma coisa em comum: "Todos amam a baía de Vitória, o mar, os manguezais, as praias e, com essa força do amor, vamos poder promover atividades educacionais e também de repressão, multa e impedimento da destruição do meio ambiente", salientou.

Compartilhamento de ações

O secretário de Meio Ambiente e Serviços Urbanos, Luiz Emanuel Zouain, disse que o grupo é mais um elemento importante do compartilhamento das ações da Prefeitura. "Os organismos estão se juntando a nós, da Prefeitura, no combate à ilegalidade. O município já tem elementos que trabalham nesse sentido, tem leis municipais que reforçam a nossa proteção com relação à pesca, mas, agora, com os novos organismos de esportes náuticos e instituições, naturalmente vamos crescer na mobilização".

Denúncias

Divulgação Semmam
Apreensão de rede de pesca
Lei deixa clara a proibição de pesca utilizando qualquer tipo de redes

Honorato Nascimento Cardoso, do Remo Adaptar, disse que, com sua equipe fazendo a visualização diária, vai poder colaborar com as denúncias. "Ficamos num local que vemos diariamente os pescadores, que, além de fazer essa pesca ilegal, podem poluir a baía", disse.

Cartiane Martins, do grupo Velejares, destacou o uso da tecnologia em favor da vigilância e punição dos infratores. "Nosso grupo tem muitos seguidores e, com o uso da tecnologia, vamos atingir muita gente. É uma obrigação nossa zelar por isso e ajudar na fiscalização. Então, nada melhor como usar a tecnologia a nosso favor", disse.

Do grupo de nadadores Cardume Vix, Aécio Melo, ressaltou a abertura de mais frentes de vigilância. "No nosso grupo tem muita gente que nada no mar e é ligada ao que está ocorrendo. Isso vai melhorar ainda mais a qualidade de vida na cidade de Vitória, que é o que todo mundo está buscando", disse.

O presidente da Federação Capixaba de Pesca e Lançamento, Washington Luiz Almeida de Oliveira, ressaltou que os pescadores de arremesso sentem demais os estragos que a pesca predatória promove.
"Cada dia que passa temos menos peixes para capturar. Atualmente, temos mais de 300 pescadores filiados que ficam na beirada da água, e esse grupo vai ajudar muito a gente".

O diretor de Vela do Iate Clube de Vitória, Péricles Martins, defendeu o fim da pesca predatória. "Principalmente à noite, vemos constantemente a passagem de embarcações com redes em forma de balões dentro da área da baía fazendo o arrasto", denunciou.

O vereador Waguinho Ito, que também participou da reunião e é adepto da pesca de arremesso, falou do seu pedido de informações sobre a lei que institui o programa de recifes artificiais. "O que queremos é a conservação da biodiversidade das reservas marinhas e recuperação das áreas depredadas do litoral do nosso município", resumiu Ito.

Legislação

Com a lei nº 9.077/17, que está em vigor desde o início do ano, quem for flagrado pescando com qualquer tipo de rede na baía do Espírito Santo e nos canais de Vitória e Camburi terá todo o material apreendido, pagará multas – que podem variar de R$ 700 a R$ 100 mil – responderá a processo por crime ambiental e ainda poderá ser preso.


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