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Pessoas com deficiência e servidores refletem sobre violência contra mulheres

Publicada em 19/07/2019, às 18h00

Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi


Paula M. Bourguignon
Violência sexual
Centro de Referência para Pessoas com Deficiência promoveu roda de conversa sobre combate à violência contra a mulher

Violência psicológica, física, moral, patrimonial ou sexual. Mulheres que sofrerem ou que presenciarem algum tipo de violência podem recorrer ao Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cramsv), que é um equipamento da Secretaria Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid) e funciona na Casa do Cidadão, em Itararé.

Foi esse o recado que a assistente social do Cramsv, Teresinha Tessarolo Dias, deu aos profissionais das secretarias municipais de Assistência Social (Semas) e Saúde (Semus) e aos usuários do Centro de Referência para Pessoas com Deficiência (CRPD), na tarde desta sexta-feira (19).

Na ocasião, os participantes conheceram os devidos encaminhamentos dados às vítimas, quais os procedimentos adotados pelo Cramsv, informações sobre a Lei Maria da Penha e como proceder em situação de violência doméstica.

"Já vivenciei esse tipo de violência doméstica na família. Eu sofro e fico triste demais quando eu escuto", disse Alzemira Ribeiro dos Santos, de 60 anos.

"A violência me deixa revoltado. O homem deveria tratar a mulher com carinho e não bater. Falta muito amor na nossa sociedade", comentou Paulo Miranda, de 50 anos.

Paula M. Bourguignon
violência sexual Dario e Teresinha
Dario Rosa Sergio Coelho e Teresinha Tessarolo Dias destacaram importância de discutir a temática e alertar a população para fazer denúncias

Violência

"Essa conversa é uma oportunidade de divulgar os espaços onde as mulheres com ou sem deficiência possam busca atendimento em casos de violência doméstica. As pessoas com deficiência, por terem algum tipo de limitação, são mais suscetíveis a sofrer violações e a violência doméstica é muito recorrente. Divulgar os serviços e esclarecer sobre direitos é uma forma relevante de contribuir para a prevenção da violência doméstica", explicou a assistente social Teresinha Tessarolo Dias.

Reflexão

"A temática de violência doméstica e violência contra mulher sempre é muito importante porque vivemos em dias em que essas ocorrências têm avançado, mesmo com toda a legislação que protege as mulheres. Vimos muitos casos de feminicídio ou questões de gênero. Então, temos que discutir e refletir sobre essa epidemia que é a violência doméstica, que causa tantos danos às famílias. Espero que todos que participaram dessa roda de conversa agreguem mais conhecimento, estejam empoderados e conheçam e divulguem as ações do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência", comentou o coordenador do Centro de Referência para Pessoas com Deficiência (CRPD), Dario Rosa Sergio Coelho.

Saiba mais

O Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência presta atendimento às mulheres em situação de violência doméstica, familiar e intrafamiliar em razão do gênero.

O serviço, com seu funcionamento desde 2006, integra a rede de enfrentamento à violência contra a mulher do município, visando ao fortalecimento dos mecanismos psicológicos e sociais para que ela possa enfrentar e superar o quadro violento e receber informações para a garantia de seus direitos.

Serviço
Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência
Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 12 às 19 horas
Telefones: 3382-5464/3382-5465
Local: Casa do Cidadão, avenida Maruípe, 2544, Itararé

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