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Orla de Camburi terá ação de combate a caramujos africanos nesta quinta

Publicada em 16/05/2018, às 15h50 | Atualizada em 16/05/2018, às 15h54

Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi


Elizabeth Nader
Coleta de caramujos africanos na Ilha do Frade
Equipes da Prefeitura de Vitória farão catação de caramujos africanos nesta quinta

Nesta quinta-feira (17), a partir das 8 horas, profissionais da Central de Serviços e do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA) estarão na orla de Camburi, próximo ao antigo posto da Guarda Municipal em Jardim Camburi, realizando a catação e a destinação final de caramujos africanos.

O diretor do CVSA, Manoel Coutinho Pimentel Junior, esclareceu que a restinga da praia contribui para a concentração desses animais.

"Essa área está sempre com sombra, protegida do sol e não sofre tanta influência da ação humana por se tratar de uma área de preservação ambiental. Por isso, a única forma de combater os caramujos no local é com a catação manual. O uso de pesticidas também não é recomendado nesse local em função da alta toxicidade dessas substâncias", explicou Manoel.

Os moradores também podem solicitar o apoio da equipe do CVSA no combate aos caramujos ligando para o Fala Vitória 156.

Praga

O caramujo africano é um animal exótico, introduzido no Brasil na década de 80, tornando-se uma praga no meio ambiente por não haver predador natural para controlar sua população. Cada indivíduo pode colocar 400 ovos a cada postura, mas se locomove e procria em períodos de chuva.

Por isso, a orientação da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) para as pessoas que moram ou trabalham em locais com quintais é sempre manter esses ambientes limpos e capinados.

Prevenção

Medidas simples podem colaborar na redução da população de animais sinantrópicos, tais como esses moluscos:

  • Manter jardim, quintal e áreas verdes limpos e capinados, descartando resto de obra, entulho, pedras e acúmulo de material orgânico (capim, folhas e galhos), pois são esconderijos ideais para os moluscos;
  • Não lançar os caramujos em terrenos baldios, na rua ou diretamente no lixo, o que proporcionará um incremento na proliferação dessa praga urbana em outros locais;
  • Não esmagar os caramujos no local, o que promove exposição, apodrecimento de sua carne e acúmulo de moscas, baratas e roedores, com consequente produção de odor;

Orientações quanto à catação manual do caramujo africano:

  • Realizar catação manual dos caramujos nos quintais sempre com mãos protegidas por luvas ou sacolas plásticas;
  • Quebrar as cascas antes da incineração dentro de um balde com um cabo de madeira de ponta quadrada, evitando que se tornem reservatórios de água para mosquitos e outros organismos;
  • Incinerá-los completamente com muito cuidado utilizando um copo de álcool e longe de crianças. De preferência, uma única pessoa deve executar o procedimento nessa seqüência: utilizar uma lata perfurada com pequenos furos ao fundo cobertos por um pano, visto que os caramujos soltam grande quantidade de água quando incinerados, o que acaba por apagar o fogo;
  • Após a queima, dispor o resto no lixo comum;
  • Fazer busca diária no terreno para verificar se não há outros locais onde existam moluscos;
  • O monitoramento do local precisa ser diário num primeiro momento, visto que cada postura dos caramujos pode conter centenas de ovos, que podem eclodir depois e infestar o ambiente local novamente, sempre que chover, estiver úmido ou nublado;
  • Não é recomendado o uso do sal para controle dos caramujos.

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