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Odomodê promove ciclo de debates sobre a Insurreição do Queimado

Publicada em 12/03/2018, às 15h47

Por Josué de Oliveira, com edição de Matheus Thebaldi


Imagem divulgação
Igreja São José do Queimado
Igreja São José do Queimado vai receber a visita dos participantes do ciclo de debates

Nestas terça (13), quarta (14) e quinta (15), o Núcleo Afro Odomodê vai promover um ciclo de debates sobre a Insurreição do Queimado, sempre às 14 horas, na Casa da Juventude, em São Pedro. O evento será encerrado no dia 19, com visita monitorada nas ruínas da Igreja São José do Queimado, na Serra.

Segundo a assistente social do Odomodê, Elionice Fagundes, o objetivo desses encontros é lembrar que a data simboliza um momento de combate ao racismo. "Sendo assim, debater é resgatar a memória do Queimado como um mecanismo de superação do racismo e valorização da cultura afrobrasileira", disse.

Tradição

O dia 19 de março é uma das datas mais importantes do calendário da cultura afro. Nessa data aconteceu a Insurreição do Queimado, que é um emblemático episódio da história afrobrasileira. A data é lembrada e celebrada como o grito da liberdade dos negros escravizados.

Saiba mais

O ano de 1849 foi palco da maior revolta de escravos por liberdade no Espírito Santo. Alguns historiadores defendem que tudo começou quatro anos antes, quando Frei Gregório prometeu liberdade aos negros da povoação de São José do Queimado, distrito do município da Serra, na Grande Vitória, em troca da construção de uma grande igreja.

Tempos depois, após trabalharem duro nos fins de semana ou nas folgas, os escravos desconfiaram da promessa e, revoltados, invadiram a igreja aos gritos de liberdade. A reação imperial foi impiedosa e a maioria dos líderes da insurreição foi morta. Chico Prego, um deles, foi enforcado e seu corpo foi exposto em praça pública.


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